Casos de Covid aumentam mais de 80% em MS; Capital e Amambai lideram alta

Médicos fazem treinamento no hospital de campanha para tratamento de covid-19 do Complexo Esportivo do Ibirapuera.
Médicos fazem treinamento no hospital de campanha para tratamento de covid-19 do Complexo Esportivo do Ibirapuera.

A Covid-19 apresenta alta nos casos em Mato Grosso do Sul. Foram registradas cinco mortes pela doença e 822 casos positivos em sete dias, conforme o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde) divulgados na última terça-feira (14).

No boletim epidemiológico anterior, foram registrados 442 positivos para a Covid-19, o que representa um aumento de 85,97% em relação a esta semana.

O panorama total mostra que já foram registrados 618.927 casos e 11.141 óbitos no Estado. Das cinco mortes registradas no último boletim, três são de Campo Grande: duas mulheres, de 41 e 94 anos, respectivamente, que possuíam comorbidades como Imunodeficiência/Imunossupressão e diabetes e um homem de 67 anos, também diabético. O quarto óbito também foi de uma mulher, de 90 anos e moradora do município de Dourados, que possuía doença cardiovascular crônica, doença neurológica crônica e obesidade. A última morte registrada foi em Três Lagoas, sendo uma mulher de 67 anos com Doença cardiovascular crônica.

Campo Grande lidera as altas de positivos da doença, com 116 novos casos. Em seguida aparece o município de Amambai, a 340 quilômetros da Capital, com 78 novos registros. Fechando o ranking está a cidade de Dourados, com 68 casos.

Amambai

O município de Amambaí, o segundo no ranking com mais casos de Covid na última semana, precisou suspender temporariamente as visitas a pacientes internados no Hospital Regional da cidade na última segunda-feira (6).

“Trata-se de uma ação preventiva para proteger a saúde dos pacientes e manter a integridade do sistema de saúde local. A Secretaria Municipal de Saúde continuará monitorando a situação e avaliará quando será seguro retomar as visitas”, informou comunicado.

Para a secretária de saúde do município, Dirlene Silveira dos Santos, a baixa adesão a vacinação pode ser um dos fatores para a alta de positivos da doença.

“O Covid nunca foi embora, sempre existiu. A questão é que se acredita que a população acabou criando uma imunidade, e não está se contaminando com tanta facilidade. E por conta da vacina, conseguimos obter uma baixa contaminação. Porém, hoje a situação da vacinação está complicada, muitos estão cansados de se vacinar por conta das várias doses; ‘quantas doses eu preciso tomar?’, as pessoas se questionam”.

Ainda segundo a secretaria, o uso de máscaras ainda é apenas recomendado, e não uma exigência. “As nossas restrições são voltadas mais ao hospital devido ao grande fluxo, mas nas unidades é oferecido máscara. E o que a gente pode fazer é orientar a população, dentro daquilo que a gente tem autonomia”.

Além disso, ela reforça que atualmente há campanhas de busca ativa peça vacinação. “Mas a questão da baixa da vacinação é um quadro que vivemos há anos, não é uma questão atual, ou do ano passado, ou retrasado, sempre tivemos uma luta constante para realizar junto aos profissionais a busca ativa pela vacinação. Inclusive temos pais que a gente notifica, juridicamente, pois não querem cumprir o papel de vacinar seus filhos nem com as doses de rotina, que é obrigação e está no Estatuto da Criança. E essa situação é ao nível nacional. Não é por falta de trabalho de conscientização”, finaliza.

No mês de agosto, o município registrou apenas um caso confirmado. Já em setembro, o número subiu para 10 e em outubro, 53 casos. Até o dia 7 de novembro foram 41 confirmados.

 

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