Está chegando ao fim, nesta terça-feira (31), o movimento mundial Maio Amarelo, que mais uma vez buscou proteger a vida no trânsito por meio da conscientização e neste ano focou no uso do celular ao volante. A Capital reduziu em quase 40% o número de acidentes durante o mês de conscientização se comparado com maio do ano passado

Conforme dados da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), de 1º de maio até o último domingo (29), Campo Grande registrou 390 acidentes de trânsito, seja o sinistro com ou sem vítimas.

Se comparado com maio do ano passado, quando foram registrados 640 acidentes, a diminuição é de 39%. De acordo com a chefe da Divisão de Educação para o Trânsito, Ivanise Rotta, essas reduções são frutos que foram colhidos ao longo do tempo e não somente pelo movimento deste mês.

“Quando a gente fala em sensibilização é difícil você já imediatamente fazer um termômetro se funciona ou funciona. Então o movimento, na verdade, de educação para o trânsito, é um processo que cada um consegue digerir de uma maneira. E de janeiro a janeiro se faz educação para o trânsito, com uma ênfase maior em maio, mas os frutos são colhidos ao longo do tempo. Então essas reduções que nos temos, por exemplo, do histórico desde 2011, do programa Vida no Trânsito”, explicou.

Já em relação ao número de mortes, os dois anos registraram quatro mortes. Em 2022, do total, três são motociclistas. Segundo Ivanise, o alto índice de mortes de motociclistas está associado a sua vulnerabilidade. De janeiro a maio, 23 motociclistas perderam a vida no trânsito da Capital, sendo que o mês que mais teve registros foi fevereiro, com dez mortes.

“O motociclista, ele é um grupo de vítimas, por causa da vulnerabilidade, então estando certo ou errado, ele sempre vai levar a pior. Então quando vemos o alto índice de óbito de motociclista é devida a essa vulnerabilidade”, assegurou.

Uso do celular

Conforme dados do Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul) apontam que, de janeiro a abril deste ano, o número de autuações pela utilização do celular ao volante já é 35,7% maior que no ano passado.

Os números mostram ainda que o número de motoristas mexendo no celular enquanto dirigem é muito maior na Capital do que nas cidades do interior. Ao passo que os 78 municípios juntos somam 5.365 infrações até abril deste ano, a Capital é campeã com 6.052 casos.

Segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), a infração é gravíssima, com multa de R$ 293,47 e aplicação de sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Texto: Rafaela Alves – Jornal O Estado MS.

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