Mais de 70% estão fora da região central

Com quase um milhão de habitantes, Campo Grande já é hoje uma cidade com mais de 590 locais gastronômicos, conforme um estudo de uma equipe especializada na área que também aponta a distribuição do setor na cidade. Pelo que mostra o “Mapa Gastronômico”, lançado no mês de aniversário da Capital, a maior parte dos locais voltados ao comércio de alimentação está fora do centro.

“Eu notava que aqui não tínhamos nenhum lugar que pudéssemos nos informar das opções que Campo Grande tem nesse mercado gastronômico, então desenvolvi esse serviço com a intenção de facilitar ao campo-grandense ou quem vem a cidade encontrar opções que se encaixem melhor aquilo que procuram e com a iniciativa do projeto Food Experience do Sebrae/MS conseguimos viabilizá-lo”, revelou Márcia Marinho, idealizadora do projeto que realizou o levantamento durante o período de três meses. Márcia também é responsável pelo primeiro portal da área de Mato Grosso do Sul o www.comerebeberbems.com.br onde está inserido o Mapa Gastronômico.

O objetivo principal do “Mapa Gastronômico”, pioneiro no município é o de ajudar as pessoas a escolher como, onde e o que comer, a partir de informações claras, de fácil acesso e de forma gratuita. O alcance do catálogo, que possui versão digital é diversificado. A próxima etapa é facilitar o acesso disponibilizando o Mapa em pontos turísticos e hotéis. Para tanto, o projeto busca parcerias.

São bares, churrascarias, sobarias, hamburguerias, choperias, padarias, cafeterias, pizzarias, marmitarias, chiparias e até casas de carnes, bolos e sucos, dentre outras várias opções de bares e restaurantes mapeados. Acessando há disponíveis duas Rotas: a da Cerveja e a do Sobá.

“Ao clicar em cada uma delas, o usuário poderá acessar um mapa da cidade onde estão indicados onde saborear sobá ou cervejas artesanais e/ou diferenciadas. A escolha do sobá para uma rota se deu pela popularidade do prato e por ser, notoriamente, o prato típico de Campo Grande, procurado, principalmente, por esses turistas”, explicou.

Desejos do consumidor

Sem preferência por nenhum estabelecimento, Márcia representa os desejos da maioria dos consumidores: preza pela comida boa, serviço cordial e limpeza do local. Ela destaca que há lugar para todas as opções. “Temos a categoria de vegetarianos e veganos no mapa, eles não podiam ficar de fora, já que é uma tendência mundial. Essa área é pouco explorada pelo mercado, falta ainda conhecimento e interesse em prestar esse serviço ao consumidor, já que a porcentagem de clientes ainda é pequena comparada aos que consomem carnes. Mas aos poucos esse panorama irá se alterar”, acredita.

Para utilizar o site do Mapa Gastronômico é preciso responder a uma das perguntas da página inicial. A primeira é “O que você quer comer?” e a segunda é “Onde você quer comer?”. O usuário pode escolher entre responder a uma delas ou ambas, além disso, pode sinalizar outras opções, filtrando o resultado por lugares onde haja Espaço Kids, wifi, estacionamento próprio, música ao vivo, acessibilidade e delivery, apenas para citar algumas opções.

Cada estabelecimento tem uma página própria, com informações como endereço, telefone, horário de funcionamento, formas de pagamento e ainda uma descrição sobre o local, com indicações no cardápio. O time do Mapa realiza diariamente novos cadastros e atualizações que também podem ser feitos pelos usuários, inclusive correção de informações e sugestões de estabelecimentos não mapeados.

Interesse

É importante ficar atento a procura do público, mas o empresário precisa estar apto as iniciativas para se envolver. Isso significa, na visão de Márcia, que a busca do consumidor pelos estabelecimentos deve estar ligada aos donos do estabelecimentos gerarem interesse ao que ofertam.

Para um negócio do ramo de alimentação funcionar é preciso pesquisar o mercado, a concorrência e entender a necessidade do público para fazer funcionar, obter experiência e dar lucro. A dica da empresária e idealizadora do Mapa Gastronômico, Márcia Marinho, é:

“A fórmula do sucesso do negócio gastronômico é um conjunto de fatores como: fluxo de pessoas, comida boa, investimento em marketing, preço justo e muito amor pelo que se dedica a fazer e também persistência e consistência no negócio, juntando tudo isso não tem como errar”. (Rafael Belo)