“Volta às aulas sem ida ao posto”. É assim que começa o balanço apresentado pela instituição científica Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) sobre o primeiro mês de vacinação contra a COVID-19 para a faixa etária dos 5 aos 11 anos, isto é, voltada ao público infantil. De abrangência nacional, as informações levantadas apontam um alerta principalmente para as atividades de imunização em solo sul-mato-grossense.
Campo Grande, por exemplo, tem a pior cobertura vacinal de 1ª dose contra o coronavírus de todas as capitais brasileiras, isso para o público infantil. Ainda de acordo com a nota técnica divulgada nesta semana, Mato Grosso do Sul segue em 5º lugar de todas as 27 unidades federativas, incluindo o Distrito Federal.
Veja abaixo:
Conforme o gráfico acima, Campo Grande possui apenas 1,58% das suas crianças de 5 a 11 anos vacinadas com a primeira dose do imunizante pediátrico contra a COVID-19. A taxa ganha de Macapá/AP (1,62%), Recife/PE (1,94%), Rio Branco/AC (6,94%) e Teresina/PI (8,44%) – todas abaixo da média nacional, que é de aproximados 20%.
Com relação aos estados, Mato Grosso do Sul fica em 5º lugar no ranking, só perdendo para Amapá (5,35%), Acre (8,27%), Pará (11,69%) e Pernambuco (12,54%). Por aqui, a taxa de vacinação dos pequenos com a primeira dose de imunizante infantil se encontra em 12,92%.
Para a Fiocruz, os números reforçam um alerta nacional. “A difusão de notícias falsas tem provocado resistência das famílias sobre a eficácia e segurança da imunização para a faixa etária dos 5 aos 11 anos, mesmo que todas as evidências científicas provem sua confiabilidade. A consequência é a lentidão na cobertura vacinal. E o contexto não poderia ser mais preocupante: o retorno das atividades escolares presenciais”, reforça o instituto.
A pesquisa foi realizada conforme dados do Ministério da Saúde sobre a vacinação, além da estimativa de projeção populacional do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na análise, os primeiros 15 dias de vacinação apresentaram uma velocidade mais intensa que, a partir do dia 29 de janeiro, retraiu.
Até a última segunda-feira (14), o Brasil possuía uma cobertura da primeira dose do imunizante infantil em apenas 21%. O Observatório COVID-19 pode ser visualizado na íntegra de forma on-line.