Café em pó dobra de preço em um ano na Capital

Reprodução/Agência Brasil
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Segunda bebida mais consumida do Brasil, o café sofreu forte alta no período de um ano. Entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022, o produto dobrou de preço em Campo Grande. A tendência de elevação dos valores para o alimento se confirma nos cenários anual, mensal e semanal, de acordo com pesquisa realizada pelo jornal O Estado.

Anteriormente, o valor do item era encontrado por R$ 9,98 no Supermercado Nunes. Nesta semana, o preço subiu para R$ 19,98, o que representa uma alta de 100,2%. A ascensão significativa do custo do café em pó de 500 g foi registrada em outros estabelecimentos visitados pela reportagem.

No Atacadão, era possível levar o pacote de meio quilo por R$ 7,85, cifra 89,8% menor que o apurado agora, de R$ 14,90. No início do ano passado, o valor do café era de R$ 9,98 na rede de supermercados Pires. No entanto, esse preço subiu e no momento está em R$ 17,90. A variação no intervalo mostra uma valorização de 79,4%.

Em relação aos preços praticados no mês passado, o ritmo de majoração também foi constatado. Se antes era possível levar 500 g de café por R$ 13,98 no Nunes, agora, esse custo se elevou para R$ 19,98 no mesmo supermercado. O encarecimento em apenas um mês foi de quase 43%.

Na semana, as diferenças de preço passaram de 10%. Na rede Fort, o alimento custava R$ 14,89 há sete dias, mas passou a valer R$ 16,67 agora – variação de 12%. No Nunes, o reajuste foi de 11,1% com o aumento do valor do café de R$ 17,98 para R$ 19,98.

Baixa oferta

De acordo com o último relatório divulgado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços do café no Brasil foram pressionados pela queda da oferta do produto. Para o centro de estudos, outro fator também está ligado aos acréscimos sobre o item.

“O cenário de oferta apertada aliado às perspectivas de recuperação da demanda (em razão da retomada econômica) já vinha mantendo em patamares recordes os preços nominais do café arábica e do robusta em 2021. No segundo semestre, o indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 se aproximou dos R$ 1.500/saca de 60 kg, sendo o maior patamar real desde 1999”, afirmou em boletim.

Discrepância entre lojas

Conforme dados apurados pela reportagem, os valores do café em pó variam entre os estabelecimentos da Capital. A discrepância chega a ser de 34,1%. Esse número revela a necessidade de o consumidor avaliar onde irá fazer suas compras para conseguir uma economia sobre os alimentos.

No supermercado com o maior custo do café de 500 gramas, o item valia R$ 19,98. Já o valor mais barato do mesmo produto foi encontrado por R$ 14,90 em dois lugares da cidade. (Texto: Felipe Ribeiro)

 

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