Barreira sanitária é reforçada e aves são sacrificadas após confirmação de gripe aviária

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Foto: Saul Schramm

Ações e monitoramento estão sendo executados pela Iagro

Para evitar a propagação do vírus da influenza aviária em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado montou barreiras sanitárias em Bonito, onde ocorreu a confirmação do foco. A força-tarefa para contenção do vírus é resultado da união entre o Gease/MS (Grupo Especial de Atenção à Suspeita de Enfermidades Emergenciais ou Exóticas de MS), coordenado pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

As medidas sanitárias estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial. O titular da Semadesc, Jaime Verruck, informou que, no caso do Estado, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) trabalha para a erradicação do foco, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região.

“Uma coisa importante é que, no domingo, o Gease esteve reunido e já determinou todas as ações sanitárias pertinentes à erradicação do foco, como desinfecção do local e abate de todos os animais.”, detalhou Verruck, quanto às primeiras ações.

O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, explicou que, na semana passada, a agência foi acionada pelo proprietário da fazenda sobre a mortalidade de aves no local. “São aves domésticas da fazenda. Foram feitos os exames e enviados para o laboratório de Campinas e foi confirmado se tratar de um caso de H5N1, a influenza aviária”, confirmou.

Daniel informou que não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco.

“A propriedade, em questão, fica situada a aproximadamente 130 quilômetros de granjas comerciais, por isso diria até que não é um caso grave, como se a distância entre essas fazendas fosse mais perto dessa granja comercial, por exemplo. Porém, a região já está sob rigorosa vigilância e medidas de contenção já foram aplicadas desde a confirmação do caso”, salientou.

Ação e monitoramento 

Com base no resultado, Ingold destacou que o Gease montou todo um planejamento em relação ao ataque a este foco e a Iagro executou ações, juntamente com o MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária).

“Foram sacrificadas todas as aves do local e são realizados exames laboratoriais deste material. Além disso, em um espaço de três quilômetros em volta da propriedade temos equipes volantes na região, fazendo vigilância ativa para verificar se o vírus se propagou no espaço. O trabalho é bastante intenso e compreende ainda outro tipo de vigilância, até 7 km da fazenda. Ou seja, até 10 km do foco é montada toda uma estrutura rigorosa de fiscalização e vigilância sanitária”, acrescentou.

O diretor da Iagro enfatizou o apoio recebido. “A Iagro está atuando com eficiência e prontidão, graças ao suporte do governo estadual, das associações como a Avimasul, da Famasul e de outras instituições. Estamos comprometidos em eliminar o foco rapidamente.”, concluiu.

Transmissão da doença 

O diretor-adjunto da Iagro de Bonito-MS, Cristiano Moreira, reforçou que a gripe aviária não é uma doença de fácil transmissão para o humano, sendo necessário contato direto com o animal contaminado.

“Ela só é adquirida se houver contato muito próximo a animais doentes. Como só havia cinco aves doentes, todas estão mortas e apenas uma deu resultado positivo para a influenza, a população pode ficar tranquila, não precisa usar máscara na rua. Também não existe a transmissão pelo consumo da carne do animal e nem dos ovos. A única coisa que pedimos é que se encontrar alguma ave doente, acione o Iagro, para que possamos tomar as medidas necessárias”, finaliza.

O público em geral é orientado a não recolher aves doentes. Para qualquer informação adicional ou notificação de casos suspeitos, a população pode utilizar o número de telefone do WhatsApp (67) 99961- 9205, o “Notifica Iagro”.

É importante destacar que não há mudanças no estado sanitário perante a Organização Mundial de Animal (OMSA), uma vez que não há registro dessa doença na produção comercial da região.

Por Suzi Jarde – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

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