Após uma semana marcada por polêmicas envolvendo o transporte publico da Capital, a prefeitura de Campo Grande, a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados) e o Consórcio Guaicurus se reúnem na tarde desta segunda-feira (27) para debater o reajuste da tarifa de ônibus que pode chegar a R$ 6,16. 

Na reunião, o Consórcio Guaicurus apresentará a planilha de cálculos que indica um possível aumento na tarifa do transporte coletivo, que passaria de R$ 4,40 para R$ 6,16.

“Queremos crer que a prefeita Adriane Lopes não vá aumentar (a tarifa) para o cliente. A prefeitura deveria proceder igual as demais capitais e as maiores cidades do país, estão subsidiando o transporte, que não sobrevive apenas da tarifa”, afirma o Gerente executivo do Consórcio Guaicurus, Robson Strengari.

O valor de R$ 6,16 foi obtido por meio de uma fórmula paramétrica. “É feito com os seguintes índices: 25% da tarifa é o custo do óleo diesel, 40% é os salários, 20% é o aumento de peças e o restante é a diferença do INPC. Com esses percentuais e com o percentual do aumento ou redução de passageiros. No caso, infelizmente o número de passageiros caiu muito nos últimos anos, principalmente depois da pandemia”, explica o Gerente do Consórcio Guaicurus.

Robson Strengari ressalta que o aumento da tarifa dependerá da quantidade de subsídios disponibilizados pela prefeitura ao Consórcio.

“Nós não pedimos o reajuste, estamos pedindo que algo seja feito, como está sendo feito em outras cidades, que é o subsídio. Infelizmente não se pode ter um transporte descente sem condições, sem ter caixa e sem ter uma tarifa que cubra pelo menos os custos”, disse.

Subsídios

Todos os meses a Prefeitura de Campo Grande repassa um subsídio no valor de R$ 1 milhão ao mês a concessionária, referente ao valor das gratuidades do transporte, como a dos estudantes e idosos. Contudo, o Consórcio Guaicurus alega que esse valor não chega até eles de forma completa, e que não há como cobrir os custos.

Greve

Os pontos de ônibus e terminais de transporte coletivo de Campo Grande amanheceram fechados na manhã da última terça-feira (21), após os motoristas entrarem em greve. O comunicado foi divulgado pela página do Facebook Ligados no Transporte e como não foi anunciado antecipadamente pegou muitos usuários de surpresa.

Conforme a publicação, o Consórcio Guaicurus, empresa responsável pelo trasporte coletivo na Capital encaminhou um ofício a prefeitura de Campo Grande alegando “esgotamento de recursos”, o que consequentemente impede o pagamento dos motoristas.

Com informações da repórter Carolina Rampi.