Nesta terça-feira (7), Juan Guaidó, agora autoproclamado presidente da Venezuela, fez novo juramento como chefe de Estado interino, em sessão acompanhada apenas pela oposição. Ele havia sido impedido de ingressar na sede da Assembleia Legislativa, em Caracas.
No último domingo (5) chavistas haviam se reunido na Assembleia Legislativa para proclamar o deputado Luis Parra como novo mandatário do Parlamento, mas a oposição diz ter sido barrada por militares.
Hoje Guaidó voltou a tentar entrar na Assembleia e chegou a ser bloqueado pela Guarda Nacional Bolivariana. Mas, após cerca de uma hora de confusão, conseguiu entrar no edifício à força e jurar novamente como presidente interino.
Em sua declaração, ele perante toda a população, prometeu honrar suas obrigações e acabar com a crise. “Em nome daqueles que não têm voz, das mães que choram por seus filhos, dos professores que lutam, dos enfermeiros, dos estudantes, dos prisioneiros políticos, em nome da Venezuela, juro cumprir os deveres de presidente encarregado e encontrar soluções para a crise”.
Entenda
O opositor se autoproclamou presidente em janeiro passado, por considerar ilegítima a última eleição do mandatário chavista Nicolás Maduro – neste caso, o cargo seria ocupado pelo chefe da Assembleia Nacional.
O comando do Parlamento seria renovado no último fim de semana, e a oposição, maioria na Casa, alega ter sido impedida de participar da votação pelas forças chavistas. Ao saírem da Assembleia nesta terça, Guaidó e seus aliados ainda foram alvos de gás lacrimogêneo.
A disputa pelo comando do Parlamento marca uma nova queda de braço entre o chavismo e a oposição, que há um ano dividem o país e não conseguem manter negociações que levem ao fim das disputas. A paralisia política estrangulou a já combalida economia venezuelana e também provocou a mais grave crise de refugiados na América Latina nos últimos anos.
(Texto: Julisandy Ferreira com informações da Isto É)