O aumento expressivo de até 145% no preço dos materiais de construção tem refletido de forma negativa no setor de construção civil. O reajuste vai onerar em até 20% o preço final dos imóveis, principalmente as casas construídas por pequenos empresários do setor. O motivo é cobrir eventuais prejuízos com a majoração significativa observada nos itens desde o início da pandemia.
Além das altas, algumas mercadorias estão em falta nas lojas, como é o caso dos tijolos. Levantamento do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinduscon-MS), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mostrou que os tubos de PVC e tubos corrugados tiveram acréscimo de até 145%. O cimento subiu 40%, o aço 25%, tubo de concreto 15%.
Já o tijolo, um item indispensável para a base da obra, teve reajuste de mais de 10%, entre outros materiais. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Mato Grosso do Sul, o custo médio do m² estava saindo a R$ 1.140,7 em agosto, contra R$ 1.128,98 em julho. Já o custo do material por m² estava R$ 623,47 no mês passado e R$ 610,51 em julho.
Para Adão Castilho, presidente da Associação das Construtoras de Mato Grosso do Sul e vice-presidente da Federação Nacional dos Pequenos Construtores (FENAPC), esse aumento tem acontecido de forma abusiva. “A argumentação dos empresários das indústrias é que durante a pandemia, eles tiveram que paralisar, desligar forno, demitir colaboradores o que provocou um aumento espontâneo nas vendas. Mas o que a gente acredita é que com essa retomada, eles estão aproveitando para tirar esse prejuízo. Não concordamos com esse reajuste abusivo. A demanda está sendo muito alta em relação a oferta do produto”, relata.
Em relação ao preço das casas, Adão deu um exemplo muito claro sobre as vendas.
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(Texto: Izabela Cavalcanti)