Com reajuste de 5,36%, valor repassado será de R$ 51,8 milhões
Foi publicada, na edição de ontem (28) do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), a renovação do contrato de um ano com a Consórcio CAM, empresa que é responsável pela manutenção da sinalização semafórica de Campo Grande. A renovação aconteceu pela terceira vez e agora sem licitação, foi publicada antes mesmo da finalização do procedimento licitatório.
Conforme o diário, o procedimento foi realizado junto a um reajuste com base no IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial), com vigência do contrato válida por mais 12 meses, contando a partir de 20 de abril deste ano. Desse modo, o reajuste foi de 5,36 %, e o valor anual repassado pelo município à empresa terceirizada passou de até R$ 49,1 milhões para R$ 51,8 milhões.
De acordo com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), valor estimado não é de acréscimo, é reajuste de valor conforme apresentado no diário oficial. “De acordo com a lei federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, foi feita a renovação do contrato já vigente. Sendo assim, o contrato com a empresa passou por licitação, em 2018 e está dentro do prazo”, esclareceu, em nota.
Considerando o valor alto aplicado, a reportagem questionou a agência responsável acerca das denúncias de semáforos sem funcionar ou intermitentes, espalhados pela cidade e, ainda, sobre a manutenção dos aparelhos. Entretanto, a Agetran informou que a empresa licitada é responsável apenas pela prestação de serviços de sinalização semafórica, bem como de sinalização horizontal. “Cabe ressaltar que a empresa nada tem a ver com diminuição do número de semáforos sem funcionar”, ressaltou.
O contrato passou por licitação, em 2018, e está dentro do prazo Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).
ITENS COM DEFEITO
Frequentemente, quando as chuvas atingem as ruas de grande movimento de Campo Grande, os motoristas passam por alguns transtornos, ao se depararem com semáforos desligados ou intermitentes. As ruas Rui Barbosa, Fernando Corrêa da Costa, Ernesto Geisel e Afonso Pena são bons exemplos desse cenário.
No início da semana, a semaforização da Capital passou por instabilidade, dificultando o trânsito e atrapalhando os motoristas e motociclistas.
Na ocasião, os semáforos das principais ruas da Capital amanheceram desligados, como no cruzamento das avenidas Afonso Pena com Ernesto Geisel, rua Antônio Maria Coelho e a rua Maracaju.
Conforme apurado, as informações eram de que um transformador de energia teria queimado na região central e provocado o desligamento dos semáforos, nos locais próximos. Já nos demais pontos da Capital, que estavam com semáforos sem funcionar, a problemática estaria nos fios de acesso. Em contrapartida, a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) confirmou que o desligamento, no centro da cidade, foi ocasionado pela falta de energia.
Motoristas ouvidos pela reportagem alegaram que já não aguentam mais a situação. Rodando pela cidade, o motorista de aplicativo Cleber Augusto, 36 anos, disse que o trabalho tem se tornado mais difícil. “Temos que ter atenção no trânsito normalmente, mas, com semáforos desligados, redobra a atenção. Os motoristas e motociclistas de Campo Grande são estressados, qualquer coisa é motivo de briga, sem falar nos acidentes graves”, reclamou ele.
Por Tamires Santana– Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
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