Questão virou embate na sessão da Assembleia Legislativa
Após indagações, a prefeita Adriane Lopes, candidata à reeleição pela coligação “Sem Medo de Fazer o Certo”, garantiu nessa quarta-feira (23) que o 13° salários dos servidores municipais de Campo Grande “está garantido e provisionado”e que não há qualquer risco de atrasos. Assunto foi tema de debate e um relatório com informações sobre o pagamento foi solicitado pelo deputado Pedro Pedrossian Neto (PSD), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Adriane, que é apoiada pela senadora Tereza Cristina (PP), reforçou seu compromisso com o pagamento em dia dos servidores públicos, desmentindo boatos levantados por seus adversários políticos.
Nos últimos dias, opositores têm propagado um factoide alegando que a prefeitura não teria recursos para honrar o pagamento do benefício, buscando, segundo Adriane, confundir a população a poucos dias das eleições. A prefeita, no entanto, reiterou sua postura de responsabilidade fiscal e afirmou que todos os compromissos estão devidamente garantidos.
Em entrevista à imprensa, a prefeita reforçou seu compromisso com o pagamento em dia dos servidores públicos, desmentindo boatos levantados por seus adversários políticos. “O 13º salário está provisionado e, como sempre, continuaremos a pagar os salários dos servidores em dia. Nesses dois anos que assumi a gestão sempre paguei em dia mesmo com todas as dificuldades e não será diferente. Os servidores podem ficar tranquilos. No período eleitoral surgem esses factoides e ficam mais intensos nestes momentos de eleição. Eu não concordo com isso. A minha campanha é limpa e propositiva. E o nosso compromisso com o servidor e com a boa gestão pública é inabalável.”
Assunto dividiu bases na Assembleia
O deputado Pedrossian Neto, ex-secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle da gestão de Marquinhos Trad, foi quem levou o assunto ao plenário da Casa de Leis fazendo um
requerimento solicitando o relatório sobre o provisionamento de recursos para o pagamento do 13º salário dos servidores municipais
No entanto, documento recebeu pedido de vistas do deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), pedido este que foi à votação por pedido de Pedrossian.
Foram a favor do pedido de vista os deputados, Márcio Fernandes (MDB),Lídio Lopes (PP), Londres Machado (PP), Antônio Vaz (Republicano), Coronel David (PL), Pedro Caravina (PSDB), Jamilson Name (PSDB), Paulo Corrêa (PSDB), Zé Teixeira (PSDB), Junior Mochi (MDB), Márcio Fernandes (MDB) e Paulo Duarte (PSB).
Já os parlamentares que votaram não para ampliação do prazo de 24 horas para votar o mérito do texto, favorecendo Rose Modesto são: Roberto Hashioka (União Brasil), Professor Rinaldo (Podemos), Lia Nogueira (PSDB), Mara Caseiro (PSDB), João Henrique Catan (PL), Neno Razuk (PL), Gleice Jane (PT), Pedro Kemp (PT), Pedrossian Neto (PSD), Renato Câmara (MDB) e Lucas de Lima (Sem partido).
A votação foi um verdadeiro “divisor de águas” empatando o placar a 11 a 11 destacando a Assembleia ‘rachada’ em apoios para cada candidata.
O desempate foi o voto do presidente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), deputado Gerson Claro (PP), a favor da prefeita Adriane e do pedido de vista de Paulo Corrêa, adiando o requerimento de Pedrossian Neto que cobra explicações sobre o 13° salário.
O pedido garante mais 24 horas para os deputados analisarem a propostas antes de aprová-la ou não. O texto deve voltar a pauta na quinta-feira (24).
Todo o tema começou a ser discutido, sendo levado inclusive para a Assembleia depois que a prefeita Adriane Lopes, que tem se destacado como uma gestora, reconhecida pelo prêmio de melhor gestão e governança em 2024, foi vítima de um factoide alegando que a prefeitura não teria recursos para honrar o pagamento do benefício, buscando, segundo Adriane, ‘confundir a população a poucos dias das eleições’.
A prefeita, no entanto, reiterou sua postura de responsabilidade fiscal e afirmou que todos os compromissos estão devidamente garantidos.
Gestão Trad
Autor do relatório apresentado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado Pedrossian Neto assumiu a Secretaria de Finanças da Capital em 2017, no primeiro mandato de Marquinhos Trad e foi lado a lado, que em 3 de janeiro do mesmo ano, anunciaram que o pagamento do salário de dezembro dos 22 mil servidores municipais seria adiado e a gestão precisou usar o dinheiro de arrecadação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
O ex-prefeito Alcides Bernal havia deixado R$ 252 milhões em caixa, mas apenas R$ 37 milhões estavam disponíveis para pagamento do salário. A folha salarial da prefeitura à época era de R$ 111 milhões, incluindo os encargos, de acordo com o secretário. O atrasado passou o período legal de pagamento até o 5° dia útil.
A história se repetiu em maio de 2020, quando o ainda então secretário, Pedrossian Neto anunciou que o pagamento do funcionalismo público atrasaria novamente no mês de julho, referente ao mês de junho trabalhado. Na época, o secretário falou sobre o projeto aprovado no Congresso Nacional de ajuda aos estados e municípios. “Se não vier este recurso, certamente não vamos pagar a folha de pagamento de julho, e certamente não teremos como bancar a folha se essa ajuda federal não chegar a tempo”.
Por Carol Chaves
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