Para líderes do setor em MS, categoria deve protestar de forma independente
Representantes do segmento dos caminhoneiros de Mato Grosso do Sul afirmam que a adesão dos trabalhadores no Estado será livre, durante as manifestações que devem ocorrer no dia 7 de setembro, em apoio à gestão do presidente Jair Bolsonaro. Não houve nenhuma decisão oficial quanto à efetiva paralisação desses profissionais em MS.
Segundo Osni Carlos Bellinati, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Mato Grosso do Sul (Sindicam-MS), a diretriz definida pela confederação da categoria define que nenhuma posição deve ser adotada quanto aos atos do feriado nacional. “A nossa confederação falou que cada um faz o que quer, cada um tem sua ética. Se eu acho que devo ir, eu vou.”
“O sindicato tem uma opinião, cada um tem sua opinião. Mas eu não sei quem está certo ou errado, da mesma forma que a entidade não pode defender um lado quanto a essa questão. As opiniões são diversas quanto à atuação do presidente da República, então, as pessoas vão decidir se querem ir à manifestação ou não”, explicou.
Mas, para o ativista político Elano Holanda, os protestos são necessários e vários setores trabalhistas devem participar junto com os caminhoneiros. “A paralisação não tem nada a ver com o governo em si. Há uma movimentação popular que não é só dos caminhoneiros. O povo quer um basta. Não queremos mais pagar altos custos. Na verdade, a pauta nacional é ‘fora ministros do STF (Supremo Tribunal Federal)’. Não é contra a instituição, e sim quem esta lá”, criticou.
Participação nacional
As manifestações do dia 7 de setembro esperam adesão de vários segmentos da economia. No Brasil, é aguardada a participação de caminhoneiros, que planejam até bloqueios de trechos de rodovias pelo país. Os atuantes do ramo dos transportes reivindicam diversos direitos relacionados a aspectos econômicos, políticos e dos desafios do setor.
De acordo com o presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, o “Chorão”, o movimento da próxima terça-feira (7) não tem vínculo com as propostas principais dos caminhoneiros.
“É totalmente político. É do Sérgio Reis, é da Aprosoja, e também do movimento intervencionista. Mas a gente não participa de pauta política. Já tentaram nos usar em atos Fora Temer ou para intervenção militar. Quem se sentir prejudicado pode ir, mas como civil, essa é nossa orientação”, disse Chorão.
Felipe Ribeiro