As exportações brasileiras para China devem recuar U$10 bi
Projeção econômicas realizada pelo Insper, em São Paulo, divulgou o impacto que os produtos agrícolas brasileiros podem perder, caso a China aceite o acordo comercial de exportação dos Estados Unidos. Para cumprir exigências dos americanos, chineses terão de reduzir compras de outros países. A maior concorrência está relacionada a carne de frango e o algodão, esses produtos brasileiros dominam o mercado chinês há uma década, com mais de um bilhão em frango, enquanto os EUA geram 100 milhões.
A disputa comercial teve inicio desde 2018, quando o presidente norte-americano Donald Trump, fez o primeiro anúncio de tarifas impostas sobre produtos chineses. Para diminuir essa tensão que pode afetar a economia global, foram elaboradas duas fases de um acordo comercial, em que a China precisa comprar entre US$50 bi e US$60 bi do agronegócio estadunidense em dois anos.
O problema, segundo análise feita pelo Insper, é que para cumprir isso a China teria que deixar de comprar de outros fornecedores como o Brasil. O coordenador do Insper Agro Gobal, Marcos Jank diz que existe um cenário positivo para os americanos. “Em um cenário que eles consigam exportar US$ 30 bilhões para os chineses, como ocorreu em seu maior pico, a China ainda teria que encontrar um caminho para os outros US$ 25 bilhões”.
As vendas do agronegócio brasileiro para os chineses tiveram um crescimento acentuado em 2018, enquanto as dos americanos despencaram. As do Brasil passaram de US$ 26,6 bilhões em 2017 para US$35,4 bilhões no ano passado. Enquanto os americanos recuaram de US$24 bilhões para US$ 13, 2 bilhões.
(Texto: Lyanny Ferreira com Folha de S. Paulo)