Ações extramuro ampliam o acesso e o número de imunizados contra a gripe na Capital

Foto: Divulgação
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Neste fim de semana, os pontos de vacinação estão no shopping Norte Sul Plaza e Pátio Central

 

A vacinação contra a gripe na Capital avança com estratégias para ampliar a cobertura vacinal. Destinadas aos grupos prioritários da campanha, a prefeitura de Campo Grande recebeu 35.170 doses do imunizante encaminhadas pelo Ministério da Saúde. Na Capital, a iniciativa completou sete dias com 17.565 imunizados. A adesão foi significativa por iniciativas concretizadas além dos postos de saúde, realizadas em pontos estratégicos de Campo Grande. A expectativa é de vacinar 200 mil pessoas ao longo da ação.

As ações extramuros constituem uma prática em saúde que fortalece a oferta de serviços para além das unidades básicas. No último fim de semana de maio, no feriado de sexta-feira santa, as ações foram realizadas no Shopping Bosque dos Ipês e no Pátio Central. Ao todo, foram 738 vacinados, 300 no Shopping Bosque Ipê e 438 no Pátio Central. Neste fim de semana, de cinco a sete de abril, os pontos de vacinação estão no shopping Norte Sul Plaza, das 10h às 18h e no Pátio Central, das 9h às 16h.

Estratégia em prática

As ações de imunização no município ocorrem em duas modalidades, além do extramuro, nas tradicionais salas de vacina em UBS (Unidades Básicas de Saúde). Para a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, o objetivo dessas ações é a prevenção e controle de doenças transmissíveis e a melhoria da cobertura vacinal. Ainda, os pontos de vacinação distribuídos pela cidade otimizam e ampliam o acesso à população, aproveitando espaços de lazer como shopping ou até mesmo escolas. “Observamos ao longo do tempo que essas ações viabilizaram o maior acesso ao público, visto que muitos usuários, devido aos seus turnos de trabalho, não conseguem frequentar as UBS em horário habitual”, afirma.

Em relação à vacinação contra gripe, em Campo Grande, apesar de os imunizados ultrapassarem mais de 17 mil pessoas somente na primeira semana, é um número muito baixo, segundo Veruska, que ressalta que os grupos prioritários em Campo Grande ultrapassam 300 mil. A profissional também destaca a importância desses grupos prioritários buscarem a imunização. “A vacina tem como objetivo evitar consequências mais graves da infecção pelo vírus influenza, por isso ela é indicada todo ano. Indivíduos do grupo de risco geralmente têm maior facilidade de contrair o vírus ou certa dificuldade de combater seus sintomas, com isso mais risco de desenvolverem formas graves, caso infectados pela influenza”, explica a superintendente.

As doses foram disponibilizadas para 70 unidades de saúde do Estado. A princípio, seguindo a estratégia adotada pela campanha nacional organizada Ministério da Saúde, para a cobertura vacinal considera-se apenas as populações dos grupos prioritários: crianças de 6 meses a menores de 6 anos; Trabalhadores da Saúde; Gestantes; Professores dos ensinos básico e superior; Povos indígenas; Idosos com 60 anos ou mais; Profissionais das Forças Armadas; Pessoas em situação de rua, entre outros.

“Por isso, nós reforçamos mais uma vez a importância de estarem buscando os nossos pontos de vacinação, é dado acesso também nos sites para verificar onde a vacina vai estar disponível no município de Campo Grande”, enfatiza Veruska.

Fala Povo
Acredita que acões fora das unidades de saúde ajudam no dia a dia?
Rafael Ricardo, 24, analista de RH
“Ainda não tomei, mas só porque comecei a morar em Campo Grande há dois dias. Mas eu acho essencial tomar a vacina e defendo a vacinação. Hoje estamos aqui graças à vacina, então procurarei tomar a vacina. Acho válidos pontos de vacinação pela cidade, é uma forma de conseguir que mais pessoas se imunizem, porque, por exemplo, na correria do dia a dia, não tenho tempo de ir a uma UBS ou a qualquer ponto fixo de vacinação. Se houvesse um ponto de vacinação aqui no centro, certamente seria bem mais fácil para mim. Estou esperando o Uber aqui, e o tempo seria o suficiente para tomar uma vacina”.

Bruno Nobrega, 42, professor
“Não tomei, mas foi por falta de tempo, e não sei se não está muito bem divulgado as idades e os dias de vacinação. Já os pontos de vacina facilitam para as pessoas, porque aproveitam e já se imunizam. Não tem que se deslocar até um posto de saúde, perder um pouco de tempo, ainda mais nessa vida corrida que a gente vive. Além disso, acho importantíssima a vacinação, tomei todas as vacinas inclusive. E fico chateado com essa propagação de fake news, é prejudicial”.

Elias Saravalli, 65, marceneiro
“Eu tomei todas as vacinas, esse ano ainda não fui atrás, mas quando vi notícias no jornal fiquei mais preocupado. Mas nós procuramos quando chega a época de frio e o brasileiro sempre deixa para última hora”.

Stephanie Soares, 25, recepcionista

“Com certeza, me imunizei, sim. Para mim, as campanhas de vacinação são importantes e necessárias, porque além de prevenir nós mesmos, previne o próximo também. Os pontos de vacinação são muito bacanas, principalmente para quem mora aqui próximo do centro, ou fica próximo do centro, porque nós temos as UBS nos bairros”.

 

Por Ana Cavalcante

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