Prazo de suspensão da lei do piso salarial da enfermagem chega ao fim e categoria segue com expectativa

Foto: Divulgação Siems
Foto: Divulgação Siems

Por Camila Farias

Enfermeiros esperam cumprimento da lei do piso salarial da enfermagem, após o fim da suspensão que aconteceu na última sexta-feira (4), a decisão do ministro do STF, Roberto Barroso, foi tomada devido a falta recursos para arcar com os valores que a lei do piso se compromete. Na decisão, Barroso deu um prazo de 60 dias para que os entes públicos e privados da saúde esclareçam o impacto financeiro do piso.

Passados esses 60 dias, a categoria segue com alta expectativa para que a lei seja cumprida. Segundo o presidente do SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) Lázaro Santana, o Senado e o Congresso teriam apontado uma fonte, com relação a desoneração da folha e o aumento da tabela SUS para as unidades filantrópicas.

“O Sindicato junto a Federação e a Confederação, que é a nossa CNTF, estão fazendo um trabalho, que já começou essa semana, e nós vamos conduzir uma visita intensiva no Congresso e no Senado. Pra fazer com que eles apontem essas fontes. Nós não ainda não temos nada de concreto, mas a pressão contínua sendo feita entre as federações”, explicou Lázaro.

Ainda de acordo com ele, não estão previstas manifestações da categoria em Mato Grosso do Sul, mas todos esperam que a situação seja resolvida ainda neste ano. “Nos estados instrução é aguardar essa mobilização que estamos fazendo em Brasília, a mobilização é nacional e deve ficar mais intensiva a partir da semana que vem. A gente acredita que os pagamentos com base na lei do piso salarial, vão começar a acontecer somente no próximo ano, mas nós esperamos, a nossa expectativa é que até dezembro já tenhamos resolvido isso e que não fique nenhuma discussão pro ano que vem”, afirmou o presidente do SIEMS.

Como já noticiado pelo O Estado no mês de setembro, foi avaliado que os hospitais públicos, Santas Casas e unidades ligadas ao SUS poderiam ser as mais impactadas pela medida e atendeu ação da CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços), que questionou a constitucionalidade da lei que estabeleceu o piso da categoria. Em 18 de agosto deste ano, a falta de orçamento e a exigência de aumento dos salários dos profissionais da classe acarretaram em pedidos de auxílio estadual e federal, feitos por hospitais da Capital.

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