Unidade abriga 624 detentos e enfrenta desafios devido à alta rotatividade de presos
O Presídio de Trânsito de Campo Grande (PTran), administrado pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), enfrenta superlotação significativa, com 624 detentos em uma unidade projetada para 176. O primeiro pavilhão abriga 276 internos, enquanto o segundo concentra 348, totalizando mais de três vezes a capacidade prevista, segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).
O PTran recebe presos recém-capturados ou provisórios, provenientes de delegacias, que passam por triagem antes de serem encaminhados a outras unidades. A alta rotatividade dos detentos gera desafios estruturais e de gestão, como a ausência de escola, presente em outras unidades prisionais.
Apesar disso, a unidade mantém atividades laborais para os internos. Atualmente, 127 custodiados participam de serviços como artesanato, costura de bolas, auxílio administrativo, distribuição de alimentos, eletricista e limpeza. Além disso, 40 presos estão envolvidos no projeto de remição pela leitura, que permite a redução de quatro dias de pena a cada obra lida e resenhada.
Durante inspeções, os internos têm a oportunidade de apresentar demandas sobre saúde e assistência jurídica, contribuindo para o acompanhamento das condições da unidade. A coordenação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), em parceria com órgãos como o Tribunal de Justiça, a OAB/MS e a Vigilância Sanitária, acompanha as condições estruturais, a qualidade da assistência e o cumprimento de direitos humanos no presídio.
*Com informações do MPMS
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