A CPI do acidente com a Chapecoense ouvirá amanhã (1º), a partir de 13h, os procuradores da República Carlos Humberto Prola Júnior e Edson Restanho, que atuam no município de Chapecó (SC), para obter esclarecimentos sobre a atuação do Ministério Público nas investigações do acidente aéreo, em 2016, que deixou 71 mortos.
A sugestão para ouvir os procuradores partiu dos senadores Jorge Kajuru (Podemos-GO), Esperidião Amin (PP – SC) e Leila Barros (PDT-DF). No requerimento, eles argumentam que a Procuradoria da República em Chapecó instaurou inquérito civil para apurar as causas do acidente com o voo 2933 da companhia aérea boliviana LaMia. Segundo eles, o intuito era verificar se havia o envolvimento de algum brasileiro no caso, além de apoiar as investigações das autoridades bolivianas e colombianas.
“Contamos com a colaboração dos procuradores para contribuir com os desdobramentos desta Comissão Parlamentar de Inquérito e subsidiar a elaboração do relatório final”, dizem os senadores na justificação do requerimento.
No dia 18 de maio o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) entregou o relatório da comissão parlamentar de inquérito sobre o caso. O texto aponta evidências de problemas graves no sistema de logística da empresa aérea LaMia, irresponsabilidade da tripulação e dos gestores e falhas na contratação e pagamento dos seguros. No entanto, o relatório final ainda está sujeito a alterações, diante da decisão da CPI de estender os trabalhos até 11 de julho (data legalmente prevista) para realizar novas oitivas. Entre os novos depoimentos estão os promotores e representantes das seguradoras envolvidas no caso.
Acidente
A CPI foi instalada em 11 de dezembro de 2019, com os senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Dário Berger (PSB-SC) como presidente e vice-presidente, respectivamente. No acidente com o voo da Chapecoense morreram 71 pessoas, entre elas 68 brasileiros. Houve seis sobreviventes. A investigação apurou que a causa do acidente foi a perda de controle da aeronave devido ao esgotamento do combustível na aproximação para o pouso. O time da Chapecoense viajava para enfrentar o Atlético Nacional, de Medellín, na Colômbia, na decisão da Copa Sul-Americana.
Com informações de Agência Senado
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