Nesta terça-feira (26), o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres se reuniu com o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, em Moscou. Ele deve se encontrar também com o presidente Vladimir Putin. Está é a primeira vez que o secretário visita o país após o início da guerra, e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenskiy considerou ilógica a visita ser primeiro ao país invasor.
Ao mesmo tempo de Guterres faz sua missão diplomática, o governo dos Estados Unidos recebe na Alemanha representantes de quase 40 países aliados, para comover esforços e enviar ajuda militar à Ucrânia. Essa reunião é liderada por Washington, e deseja passar uma mensagem, de quão longe os países do ocidente estão dispostos a ir para enfrentar a Rússia.
Em Moscou, Guterres pede a Lavrov que a Guerra da Ucrânia seja encerrada urgentemente, mas o chanceler russo disse que o país esta comprometido em achar uma solução diplomatíca, negociando com a Ucrânia. Porém, na véspera do encontro, Lavrov criticou o país vizinho e falou que Kiev tem falta de boa vontade em negociar, e em uma entrevista a uma emissora estatal russa, disse que considera o risco de a guerra evoluir ao ponto de serem usadas armas nucleares, e que uma Terceira Guerra Mundial não deve ser subestimada.
Em reação à fala de Lavrov, o porta-voz do Pentágono nos Estados Unidos, John Kirby, disse que a declaração foi um recurso retórico para escalação do conflito, e que Moscou estaria fragilizada. Com o encontro na Alemanha, o cenário começa a mudar, já que o próprio país alemão anunciou o envio de blindados de defesa antiaérea Gepard a Kiev, o que muda o tom do governo que estava hesitante até agora. Durante a reunião, outros países devem fazer anúncios parecidos.
Com informações da FolhaPress.