Os EUA voltaram a advertir a China, ontem (20), sobre um possível apoio militar de Pequim à Rússia no conflito na Ucrânia. O aviso foi dado em uma reunião virtual entre o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, e o ministro chinês da Defesa, Wei Fenghe -a primeira desde o início do governo Joe Biden.
A China vem se recusando a condenar as ações do Kremlin no país vizinho, ainda que também não tenha se manifestado favoravelmente a elas. Os americanos, por sua vez, demonstram receio de o país asiático declarar apoio à Rússia e enviar armas para as tropas de Vladimir Putin, intenção negada por Pequim.
Ainda na reunião desta quarta, o ministro chinês pediu ao seu homólogo para que “não usasse a questão da Ucrânia para difamar, acusar, ameaçar ou pressionar a China”. A conversa entre os dois durou, segundo uma fonte ouvida pela agência de notícias Reuters, cerca de 45 minutos e não gerou avanços pragmáticos nas relações dos dois países.
As autoridades também discutiram a situação da ilha rebelde de Taiwan. Comunicado divulgado por Pequim disse que Wei afirmou a Austin que Taipé é parte da China e ninguém poderia mudar isso. “Se a questão de Taiwan não fosse tratada adequadamente, isso teria um impacto prejudicial nas relações sino-americanas”, disse, segundo o texto.
Em meio à Guerra da Ucrânia, aumentaram as preocupações de Taiwan e seus aliados de que Pequim pudesse seguir os passos de Moscou e anexar a ilha.
Com informações da Folhapress