Rússia e Ucrânia fazem negociações sobre cessar-fogo em meio a ataques em Kiev

Foto: Pixabay/SamuelFrancisJohnson
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Autoridades russas e ucranianas fazem hoje (14) uma nova rodada de negociações, desta vez por videoconferência, em meio a denúncias de novos ataques à capital ucraniana, Kiev, e um constante bombardeio em Mariupol, no sul do país.

A semana começou com um ataque contra um edifício residencial em Kiev, que deixou ao menos uma pessoa morta e 12 feridos, segundo equipes de emergência. Três dos feridos foram hospitalizados.

As equipes de resgate afirmaram que o prédio fica na zona norte da capital ucraniana e que um incêndio foi controlado pelos bombeiros depois de um disparo de artilharia durante a madrugada.

O governo local também afirmou que houve bombardeios contra a fábrica de aviões Antonov, onde duas pessoas morreram, segundo as autoridades ucranianas. Além de Kiev, sirenes de alertas de ataque aéreo soaram antes do amanhecer em diferentes regiões da Ucrânia, como Lviv, Odessa, Ivano-Frankivsk e Tcherkássi.

Russos e ucranianos dispararam mensagens otimistas sobre o andamento das negociações e chegaram a sinalizar no domingo que um acordo poderia chegar nos próximos dias. Enquanto outras negociações focaram em assuntos humanitários, nesta segunda autoridades dos dois países discutirão um cessar-fogo, segundo o negociador ucraniano Mikhailo Podoliak. “Negociações. 4ª rodada. Discutirá paz, cessar-fogo, retirada imediata das tropas e garantias de segurança. Discussão difícil”, escreveu nas redes sociais.

As negociações em meio ao constante bombardeio ao porto de Mariupol, no sul do país, onde quase 2.200 pessoas foram mortas nos ataques, segundo autoridades ucranianas. Uma coluna humanitária que se dirige ao local teve que voltar no domingo, disse um funcionário da cidade à AFP, depois que os russos “não pararam de atirar”. Zelenski acusa Moscou de bloquear e atacar comboios humanitários, embora tenha dito no domingo que 125 mil pessoas puderam deixar o país.

Até aqui, os Estados Unidos descartaram intervir militarmente no conflito, e o presidente Joe Biden alertou que, se a Otan entrar para combater a Rússia, será a Terceira Guerra Mundial. No domingo (13), Biden conversou com o presidente francês, Emmanuel Macron, e ambos “destacaram seu compromisso de responsabilizar a Rússia por suas ações e de apoiar o governo e o povo da Ucrânia”, disse a Casa Branca.

Com informações da Folhapress

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