Dez líderes libaneses foram recebidos no Vaticano
Sensível aos sofrimentos do Líbano, o papa Francisco recebeu hoje (1º) no Vaticano dez líderes religiosos cristãos libaneses para “invocar a paz” e pensar no futuro de um país em grave crise.
A agência oficial Vatican News informou que os dez representantes estiveram recolhidos na Basílica de São Pedro, antes do início das três sessões de trabalho previstas, que serão conduzidas, a portas fechadas, pelo núncio no Líbano, Joseph Spiteri.
A conclusão dos trabalhos está prevista para as 18h locais.
“Convido-vos a todos a unirem-se espiritualmente conosco, rezando para que o Líbano se recupere da grave crise por que passa e mostre uma vez mais a sua face de paz e esperança”, escreveu Francisco na rede social Twitter nessa quarta-feira.
Em mensagem ao país há quase um ano, um mês depois da tragédia das explosões no porto de Beirute, o papa considerou que o Líbano enfrentava um “perigo extremo”, que ameaçava a sua existência e que não podia ser “abandonado à solidão”.
“O Líbano representa mais do que um Estado, é uma mensagem de liberdade e um exemplo de pluralismo, tanto para o Oriente quanto para o Ocidente”, disse Francisco à época, pedindo à população para não abandonar a sua herança.
O Líbano vive, desde o fim de 2019, uma das piores crises econômicas da sua história, e o Banco Mundial calcula que atualmente mais de 50% da população vivem abaixo do limiar da pobreza.
Nas últimas semanas, a situação deteriorou-se com uma nova queda no valor da libra libanesa, mais inflação e escassez de combustível, medicamentos e produtos básicos.
Os libaneses estão sem governo há dez meses, por ausência de um acordo entre os partidos no poder, acusados pela população de deixarem o país afundar.
Os principais apoiadores pedem a Beirute a formação de um novo governo para realizar as reformas estruturais exigidas pela comunidade internacional em troca de mais ajuda.
Segundo o arcebispo Paul Gallagher, chefe da diplomacia do Vaticano, o papa “talvez” se desloque ao Líbano entre o fim de 2021 e o início de 2022.
(Agência Brasil)