João Pedro Pitombo e Leonardo Vieceli – Salvador e Rio de Janeiro (Folhapress)
Pelo menos 12 pessoas morreram após as fortes chuvas que atingem o estado do Rio de Janeiro desde a última quinta-feira (31). Sete delas são da mesma família e foram vítimas de um deslizamento em Paraty (a 240 km da capital).
Outras cinco mortes foram registradas em Angra dos Reis (a 156 km do Rio) e uma em Mesquita, na região metropolitana. Também há desaparecidos no estado.
Segundo a Prefeitura de Paraty, as seis vítimas na cidade foram uma mãe e seis filhos, com idades entre 2 e 17 anos. Um sexto filho foi resgatado com vida e encaminhado para Hospital Municipal Hugo Miranda com quadro estável. Outras quatro pessoas se feriram, de outras famílias, mas sem gravidade.
A Prefeitura de Paraty disse que sete casas foram atingidas por um deslizamento na comunidade costeira da Ponta Negra na madrugada deste sábado (2). Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil foram acionadas para as ações de resgate.
Ao todo, 22 bairros foram atingidos por alagamentos e outras ocorrências ligadas às chuvas. São 71 famílias desalojadas até o momento, segundo a prefeitura.
Em Angra dos Reis, umas das áreas afetadas foi o bairro Monsuaba. Pelo menos quatro residências foram atingidas por deslizamentos de terra, disse a prefeitura.
Segundo a administração municipal, cinco mortes foram registradas na localidade. As duas primeiras vítimas foram uma menina e um adolescente que aparentavam ter quatro anos e 11 anos, disse a prefeitura. Na tarde deste sábado, foram achados outros três corpos, incluindo uma criança de 9 anos.
A Defesa Civil foi acionada, e as equipes resgataram cinco pessoas. Outras nove, de acordo com os relatos de parentes, estão desaparecidas.
Em Angra dos Reis, choveu nas últimas 48 horas o equivalente a 655 milímetros no continente e a 592 milímetros na Ilha Grande. Segundo a prefeitura, são índices jamais registrados anteriormente no município.
A Defesa Civil orientou para que as pessoas permaneçam em casa e só saiam caso forem orientadas para isso, por parte das autoridades. Ao ouvir as sirenes, os moradores devem deixar suas casas e irem para o ponto de apoio mais próximo disponibilizado pela prefeitura.
O temporal já havia causado estragos nesta sexta-feira (1º), quando a região da Ilha Grande foi uma das mais atingidas. Todos os 20 sistemas de sirenes da Defesa Civil foram acionados e famílias desalojadas foram levadas para três escolas municipais. Na manhã tarde sábado, 49 pessoas estavam em abrigos.
O outro óbito ocorreu em Mesquita, cidade da região metropolitana do Rio. Um homem morreu eletrocutado na região central da cidade em consequência das chuvas.
A cidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, também permanece em estágio de alerta devido à ocorrência de chuvas intensas nas últimas horas. Não há registro de feridos até o momento.
Outras cidades da Baixada também sofreram danos, como Belford Roxo e São João de Meriti.
A Prefeitura de Belford Roxo afirmou que 300 moradores ficaram desalojados. Há registro de 180 pontos de alagamento na cidade. Choveu 228 milímetros em apenas duas horas, diz a prefeitura.
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro informou que a instabilidade no clima permanece neste sábado com previsão de chuva moderada a fraca em todas as regiões do estado.
A Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro disseram que “estão mobilizados, atuando para prevenir e minimizar danos causados pelas chuvas que atingem o estado”.
Desde as 18h de sexta-feira, os bombeiros foram acionados para mais de 600 ocorrências em todo estado, incluindo o salvamento de pessoas em alagamentos e inundações.
Na noite de quinta (31), a Defesa Civil do Rio de Janeiro acionou as sirenes em 35 comunidades das zonas sul, norte e oeste por causa das fortes chuvas que atingiram a cidade. A sirene alerta os moradores a adotar medidas de segurança como desligar a chave geral de energia elétrica e fechar o gás, separar documentos e remédios controlados, reunir a família e ir para um local seguro.
Com informações da Folhapress.