Manifestantes tentaram invadir o Congresso Nacional chileno, no início da tarde de hoje (25), mas foram detidos por Carabineiros – polícia chilena – com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água. O edifício teve que ser evacuado e as atividades legislativas suspensas.
Hoje é o oitavo dia de protestos no país. Já são 19 mortes registradas, com 2.840 pessoas detidas e 295 feridas por armas de fogo. Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atual alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, disse que enviará, na próxima segunda-feira (28), uma missão de verificação para acompanhar os conflitos no país e examinar denúncias de violações dos direitos humanos.
As manifestações começaram na semana passada, com o anúncio do aumento das passagens do metrô. E mesmo depois de o presidente Sebastián Piñera ter voltado atrás e cancelado o aumento, os protestos continuaram. O Chile, um país reconhecido por ter bons indicadores de governança, expôs suas debilidades e uma grande desigualdade social. Os manifestantes reclamam do alto custo de vida, dos baixos salários e aposentadorias, do sistema de saúde e educação, que não são acessíveis a todos.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações de Agência Brasil)