Nesta domingo (1), o Ministério da Defesa da Rússia confirmou que cerca de 46 pessoas deixaram a área da siderúrgica Azovstal, em Mariupol na Ucrânia, que é o último reduto ucraniano de resistência contra os russos.
A cidade ucraniana estava resistindo fortemente, com o cerco das tropas russas desde o início da invasão em fevereiro, tornando-se um dos maiores dramas humanitários dessa guerra. Após algum tempo de resistência aos ataques militares, a cidade foi ficando sem água, alimentos, remédios e energia elétrica.
Cerca de duas semanas atrás, militares russos e milícias de Donetsk conquistaram quase todo o território de Mariupol, que antes possuía mais de 400 mil habitantes. Há uma estimativa de que cerca de 100 mil pessoas ainda estejam presas no cerco, e mais de 90% das construções da cidade já foram destruídas.
Militares ucranianos e membros da milícia de extrema-direita do Batalhão de Azov estão fazendo a defesa da cidade, os combatentes que restaram estão na siderúrgica. O prefeito de Mariupol, Vadyn Boychenko, diz que as tropas russas estão causando massacre entre os civis. Por conta da grave situação na cidade, não é possível saber o número total de vítimas, e os russos não dão boletins sobre mortos/feridos.