França proíbe funcionários públicos de usarem expressões em inglês

França Torre eiffel
Foto: Reprodução de Redes Sociais/Twitter

Na última terça-feira (31), foi publicado no Diário Oficial da República Francesa a proibição de funcionários públicos de usarem de forma formal, palavras e expressões que sejam comuns em jogos de videogame e de computador. As autoridades da França justificam que é uma forma de preservar o idioma pátrio.

As mudanças já estão em vigor, e o texto determina que diversos jargões de origem inglesa sejam banidos do vocabulário de funcionários públicos e de publicações e de documentos oficiais. Termos como “pro-gamer” e “streamer” por exemplo, devem ser substituídos pelas versões francesas “joueur professionnel” e “joueur-animateur en direct”, que são aprovadas pelo governo.

Essa medida se estende para setores da tecnologia, que devem substituir, por exemplo, o termo “cloud gaming”, por “jeu video en nuage”, que significa jogos em nuvem, em português.

O Ministério da Cultura da França, justifica que o setor de videogames está com diversos anglicismos, que atuam como uma “barreira de entendimento” a quem não é familiarizado com esse mundo dos jogos.

A pasta também informou que especialistas fizeram pesquisas em sites e revistas de videogame para checar se os termos em francês equivalentes às expressões em inglês já existiam. O governo espera que com a desestimulação do uso dessas palavras e expressões estrangeiras, a população se comunique com maior facilidade.

Ainda em fevereiro, uma agência linguística secular, a Academia Francesa, havia feito um alerta sobre o que chamou de “degradação do idioma que não deve ser vista como inevitável”.

Em novembro de 2021, a inclusão do pronome “iel”, usado para designar pessoas não binárias, uma junção de “il” e “elle” pronomes masculino e feminino, na ver~soa online do tradicional dicionário Le Robert despertou um intenso debate na imprensa, com muitas figuras políticas se posicionando contra.

O governo da França se mostrou contra a ideia, e o ministro da Educação à época, Jean-Michel Blanquet, resistiu a tentativas de incorporar essa linguagem inclusiva no currículo escolar. “A escrita inclusiva não é o futuro da língua francesa”, escreveu Blanquet no Twitter.

Com informações da FolhaPress.

Confira as principais redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *