Em meio a uma briga crescente com o Japão, a Coreia do Sul encerrou hoje (26) um exercício militar nas ilhas de Dokdo, no Mar do Leste, depois de realizar as maiores manobras de sua história. O exercício de dois dias envolveu todos os três segmentos das forças armadas, bem como o Corpo de Fuzileiros Navais e a Guarda Costeira. Com isso, a Coreia está demonstrando que não pretende recuar em sua disputa histórica com o Japão pelo território.
O número de soldados envolvidos foi quase o dobro dos exercícios anteriores, disseram autoridades.
A Guarda Costeira liderou o segundo e último dia do exercício, concentrando-se em manobras de campo sob o cenário de infiltrações de entidades não militares, que seguiram os exercícios liderados pela Marinha no domingo, projetados para melhor combater as ameaças militares estrangeiras.
Para os exercícios de hoje, nove embarcações da Guarda Costeira e da Marinha, bem como aviões de guerra e forças especiais, foram mobilizados. No domingo (25), os militares mobilizaram 10 navios da Marinha, incluindo o destróier equipado com Aegis de 7.600 toneladas, pela primeira vez, e 10 aviões de guerra, como os F-15K.
Os exercícios, que existem desde 1986, geralmente eram realizados em junho e dezembro, mas os exercícios deste ano foram adiados devido à aparente preocupação de que eles poderiam agravar excessivamente as tensões com Tóquio. O Japão, que fez reivindicações territoriais a Dokdo, protestou contra os exercícios.
No início do exercício, a Coreia do Sul deu a ele um novo nome: “Exercício de Proteção do Território do Mar do Leste”. A Coreia abandonou o nome anterior: Exercícios de Defesa do Dokdo. Segundo a marinha coreana, o novo nome visa “consolidar ainda mais a determinação” do país de proteger e defender a área, incluindo Dokdo.
Os exercícios também ocorreram depois que um avião de guerra russo violou o espaço aéreo coreano acima das ilhas no mês passado. (Agência Brasil)