O plano de implantação de um voo direto entre Campo Grande e Iquique (Chile) ganhou força com uma reunião que reuniu autoridades dos dois países para alinhar detalhes do projeto. A proposta busca consolidar a Rota Bioceânica como eixo estratégico de integração entre o Brasil e o Oceano Pacífico, ampliando as oportunidades econômicas, logísticas e turísticas na região.
O encontro ocorreu na última quinta (30), entre a prefeita Adriane Lopes (PP), o prefeito de Iquique, Maurício Soria, e o ministro de carreira João Carlos Parkinson, que discutiram avanços e parcerias necessárias para viabilizar a nova ligação aérea.
“Recebemos o prefeito Maurício Soria, de Iquique, para tratarmos de um voo comercial e turístico entre as nossas cidades. Esse é um passo importante para viabilizar a Rota Bioceânica, gerando oportunidades e fortalecendo o desenvolvimento das nossas regiões. Estamos aqui para fazer essa roda girar”, afirmou a prefeita, Adriane Lopes.
O prefeito de Iquique, Maurício Soria, destacou que a nova conexão aérea é essencial para ampliar o intercâmbio entre os países.
“Temos grandes atrativos turísticos e potencial comercial por meio da Zona Franca e do nosso porto. Estamos a apenas três horas de voo entre Campo Grande e Iquique. A rota bioceânica já é uma realidade, e essa ligação aérea será fundamental para gerar empregos e desenvolvimento para ambas as cidades”, disse.
O ministro João Carlos Parkinson ressaltou que o corredor bioceânico deve ser explorado em todas as suas modalidades: rodoviária, ferroviária, hidroviária e aérea. Além disso, defendeu que a conexão Campo Grande–Iquique representa uma oportunidade estratégica.
“O voo tem demanda e sustentação para fortalecer o corredor bioceânico. Empresários sul-mato-grossenses precisam conhecer as vantagens da Zona Franca de Iquique, que reúne mais de 600 empresas de diferentes nacionalidades. Essa integração pode gerar empregos, agregar valor e impulsionar o desenvolvimento regional.”
O diretor do Aeroporto Internacional de Campo Grande, Usiel Paulo Vieira, reforçou que a Capital possui estrutura adequada para operações internacionais.
“Temos infraestrutura completa para receber qualquer tipo de aeronave e realizar operações de cargas e passageiros com destino a Iquique. Temos terminal de cargas preparado para despacho aduaneiro e terminal de passageiros pronto para voos internacionais.”
Representando o setor produtivo, o presidente do Sindha/MS, Juliano Wertheimer, destacou a importância da iniciativa.
“Além do potencial empresarial, há um enorme atrativo turístico, unindo o Pantanal aos Andes e ao Pacífico. É uma grande iniciativa da Prefeitura de Campo Grande, em parceria com o setor produtivo e o governo chileno”.
Os primeiros contatos para viabilizar o voo foram conduzidos pela Semades (Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio), por meio da Gerência de Integração e Parcerias, durante o VII Fórum Subnacional do Corredor Bioceânico, realizado em outubro, em Jujuy (Argentina).
Por Suelen Morales
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