Moradores do Assentamento Nazareth, em Sidrolândia, e da comunidade indígena da etnia Guarani-Kaiowá “Tey’Kue”, em Caarapó, MS, receberam oficinas sobre o manejo de abelhas coordenador pela zootecnista da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Jovelina Maria de Oliveira.
As oficinas foram viabilizadas pelo CPT (Termo de Cooperação Mútua, celebrado entre a Comissão Pastoral da Terra) em parceria com a Agraer, com recursos do “Projeto Tembiu Porã”. A iniciativa tem o objetivo realizar acompanhamento técnico periódico para a Meliponicultura, ou seja, a criação de abelhas indígenas sem ferrão, e de abelhas Apis melífera (africanizadas), que são as que possuem ferrão , em assentamentos e terras indígenas.
Zootecnista, Jovelina Oliveira ressalta que o conhecimento adquirido pelos participantes da oficina possibilita a geração de renda por meio da produção de produtos a partir do mel e o enriquecimento da alimentação da própria comunidade local.
“A criação de abelhas sem ferrão requer um espaço muito pequeno, então casa muito bem com as pequenas propriedades atendidas pela Agraer e não exige um grande investimento inicial. Além disso, a comercialização de subprodutos do mel agrega valor a essas propriedades”, explicou.
O assentamento Nazareth conta ainda com o projeto de Sistema Agroflorestal que promove a diversificação do pomar. Jovelina destaca que as abelhas são benéficas também nessa região pois ajudam na polinização das plantas. “Quando a planta é polinizada é mais produtiva”, disse.
“Tembiu Porã” significa “alimento vivo” na cultura Tupi. O projeto é promovido desde 2020 e propõe a produção de alimentos saudáveis em ambiente de reforma agrária e áreas indígenas das etnias Guarani e Kaiowá, em MS.
Com informações do Portal MS.