Em um documentário sobre a família Camargo que chegou à Netflix, Wanessa Camargo abriu o coração e relembrou o quanto o início de sua carreira foi difícil e acabou se tornando um trauma, aos 17 anos, quando ela despontou com “O Amor Não Deixa”.
“Quando fui fazer meu primeiro show, estava com muito medo. Tinha certeza que ia ser um sucesso, e a primeira música estourou. Eu aprendi fazendo, cometi muitos erros, foi muito rápido”, afirmou ela.
A cantora destacou que a ajuda do pai, Zezé di Camargo, foi fundamental, mas ela também se sentia muito pressionada: “Meu pai tinha esse poder de me colocar nos programas, mas eu não tinha essa qualidade técnica e, muitas das vezes, derrapava. Foi aí que surgiram: ‘Wanessa não canta…’. Isso me afetava, me afetou mais do que eu podia imaginar”, contou ela no documentário.
A filha de Zilú ainda relembrou, em outro momento, as comparações feitas com Sandy, que eram rotineiras no início da carreira: “Comecei a ver uma comparação com uma artista que eu gosto muito, a Sandy. Fizeram um negócio que acabou virando uma forma de marketing. E eu me sentia mal com isso. Eu gostava muito de ‘Sandy e Junior’. Eu era fã, eu ia nos shows deles. E isso me machucava, porque tinha medo de ela achar que eu queria imitar ela”, contou.
Wanessa enfatizou no documentário que a suposta rivalidade que foi criada a deixou insegura: “Aquilo tudo que estavam falando, eu também acreditava. ‘Que não cantava, que não era talentosa, que só estava ali por ser filha de quem era. Aquilo eu acreditava também, porque eu não acreditava em mim”, afirmou, emocionada.
A pressão era tamanha que Wanessa se refugiou no álcool, além de se perder em relacionamentos abusivos: “E eu sempre reagia com um: ‘não vão me derrubar’. Em vez de tratar aquela falta de amor próprio, eu comecei a ser agressiva. Tem uma fase da carreira que começo a ter problema com álcool, relacionamentos errados e abusivos…”.