No último domingo, 7 de novembro, Fernanda Montenegro conversou com Sônia Bridi para o “Fantástico” sobre a sua entrada para a “Academia Brasileira de Letras”, a ABL. Ela foi nomeada e imortalizada na organização, ocupando a cadeira de número 17.
A eleição aconteceu na tarde de quinta-feira, 4 de novembro. A atriz recebeu a maioria absoluta dos votos, 32 de 34 totais, sendo que dois foram brancos. Por norma da ABL, ela não pode participar da cerimônia.
Ao falar do assunto, depois de ser questionada sobre o que fará dentro da instituição, a dama do teatro foi sincera e serena: “Primeiro, espero ser empossada. Depois quero saber o que eles querem de mim, porquê me aceitaram.”
Em seguida, Fernanda citou a falta de diversidade de gênero e, principalmente, étnica na ABL.
Na área médica, na área de direito, na área de sociologia… Se têm representantes nessas áreas, homens, por quê não há mulheres? E, também, de qualquer raça. Há a necessidade de mais presença de personalidades negras lá dentro.
Continuando, a atriz afirmou que sua vontade é atuar regularmente, ter uma função. Ficar com o título e sem tarefas não é uma opção. “E eu quero ter uma produtividade. Eu não quero ter um título e ficar ‘tchau’. Quero ter uma atividade lá dentro.”