Outra fakenews circula nas redes sociais. Esta afirmando que a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) teria dito em sessão na Câmara que policiais “são pagos para morrer”. Por meio do projeto de verificação de notícias, A Agência Lupa analisou o fato.
“Deputada federal do PSOL Talíria Petrone (…) afirmou em sessão na Câmara dos deputados que ‘os policiais não fazem mais que a obrigação morrer em combate contra o crime organizado, pois eles são pagos para isso, morrer’”
Imagem publicada no Facebook que, até as 19h40 do dia 27 de agosto, tinha sido compartilhada por mais de 100 pessoas
FALSO
A frase analisada pela Lupa não foi dita pela deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) em plenário ou em comissões. A Câmara registra todas as falas dos deputados durante as sessões.
No plenário, ela mencionou a palavra “policiais” em quatro discursos, em nenhum dizendo que eles têm “obrigação de morrer em combate” ou algo que possa ser interpretado desta forma.
Em um desses discursos, Talíria declara o exato oposto: “para nós não dá para colocar esses agentes numa lógica de matar pobres, matar e morrer, e, na hora de defender os seus direitos, negá-los”. Essa foi a única fala na qual ela usou o verbo “morrer” em plenário. A deputada não disse a expressão “crime organizado” ou a palavra pagos em nenhum dos seus discursos.
Já em comissões, há 21 registros do uso da palavra “policiais” em sessões nas quais Talíria estava. Porém, como os documentos não são individualizados, em muitos casos a palavra foi dita por outro deputado. Em nenhum dos registros, ela disse a frase que consta na imagem, ou algo parecido.
No Twitter, a deputada classificou a informação como “fake news absurda”. “Defendemos um modelo de segurança pública a favor da vida e dos direitos: dos policiais, dos moradores de favela, do povo negro, do trabalhador”, declarou.
Talíria Petrone
✔
@taliriapetrone
Está circulando essa fake news absurda nas redes! Nunca diríamos isso!
Defendemos um modelo de segurança pública a favor da vida e dos direitos: dos policiais, dos moradores de favela, do povo negro, do trabalhador. Compartilhe a verdade! (Rafael Belo com Agência Lupa)