Sul-mato-grossenses lutam por medalha na Austrália

As sul-mato-grossenses Vitória Andrade (57 kg) e Camila Ponce (78 kg) farão longa viagem até Perth, na Austrália, para uma das etapas do Circuito Mundial de Judô. A dupla foi convocada pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para estar entre os 21 atletas que buscarão uma medalha no domingo (3) e segunda-feira (4).

Ambas foram formadas e reveladas por clubes do Estado, mas hoje representam o Pinheiros, de São Paulo. A primeira a deixar Campo Grande foi Vitória, há quase dois anos. Ela iniciou na modalidade aos seis anos e desenvolveu as técnicas junto a Marcelo Matos, no Clube Rocha.

O treinador, que hoje atua na direção da Federação de Judô de Mato Grosso do Sul (FJMS), não poupa elogios à atleta. “Ela é uma judoca muito disciplinada. Eu sempre falo para ela que ela é uma menina aguerrida, pois ela tem muita raça. Na verdade, das atletas que eu formei ela é a que mais se empenhou. Ela tem uma perseverança que até hoje eu só vi nela”, falou.

Hoje, está em processo olímpico para 2024. Para Matos, isso foi possível graças à mudança. “Na época ela veio com receio falar que passou, mas eu apoiei ela, porque o que o Pinheiros ofereceu o que o nosso Estado não conseguiria oferecer. É difícil se adaptar quando você sai de um Estado para o outro, porque muda a didática de trabalho, ainda sim ela conseguiu se destacar”, contou.

Quem ainda está em processo de adaptação é Camila, que foi para o clube paulista há cerca de seis meses. Em entrevista que deu à reportagem do Jornal O Estado mês passado, a atleta disse que foi bem recebida pelos anfitriões. “A rotina de treino aqui é bem intensa, mas estou recebendo muito apoio de toda a equipe para me adaptar ao novo clube e a nova cidade”, disse.

Seu técnico de Campo Grande, Reginaldo Arruda, do Judô Aliança, afirma que o cenário está mudando e que hoje ela está pronta, apesar de ter menos experiência que as adversárias. “A Camila treina com empenho, tem um bom porte físico para sua categoria, tem uma boa variedade de golpes e luta dos dois lados. Ela já está adaptada ao novo clube e vem fazendo boas competições”, contou.

A competição terá pontuação de Grand Prix. Ou seja, uma medalha de ouro valerá 700 pontos no ranking mundial e não 100, como funciona nas outras etapas do circuito.

(Texto: Danielle Mugarte)

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