Visões diferentes do impacto causado pela pausa forçada com a pandemia
Certo é que a indústria do esporte terá que se reinventar, após o cenário em que o mundo passou a enfrentar depois dos primeiros meses de 2020. Com uma pandemia que paralisou países, ceifou vidas e reconsiderou o conceito de convivência social, como forma de prevenir contágios da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Enquanto uma definição não existe sobre o futuro, atletas treinam para manter, pelo menos parte, do condicionamento físico de alta performance, e dirigentes, em especial os de federações e confederações quebram a cabeça com possíveis soluções.
A conta, é simples. Com o passar dos dias, na verdadeira guerra traçada contra a doença, o calendário dessa indústria tende a ficar mais apertado e sujeito a alterações estruturais, que podem vir a ser permanentes. Em seu blog, a Betway empresa de referência mundial no segmento de aposta esportiva, lembra que a situação de hoje é inédita, o que atrapalha muito as decisões para um novo planejamento do ano.
“A grande pressão está sobre as Confederações. Como a UEFA, por exemplo, vai definir em que data a Champions League pode voltar, se praticamente todas as fronteiras dos países europeus estão fechadas? E a Premier League? Como falar em um possível cancelamento da temporada se o Liverpool tinha 25 pontos de vantagem para o segundo colocado e já era tido como favorito em 99,9% das casas de apostas esportivas online? Das grandes ligas europeias, a Bundesliga é a única que já dá sinais de movimentação: todos os clubes de volta aos treinamentos, mas com jogadores ainda mantendo o distanciamento de pelo menos dois metros um do outro. A data oficial para o retorno segue a mesma: 4 de maio. Mas por toda a Europa ainda existe muita gente que duvida disso”, cita a publicação da Betway designada ‘Qual o futuro do esporte?’.
Mesmo enfatizando que o momento seja de muita dúvida, depois da quarentena exigir uma rotina maior de confinamento das pessoas, é importante lembrar que, na hipótese de retomada dentro de alguns meses, os atletas devem estar apenas em 60% das suas capacidades físicas. Até porque, não há como manter igual a preparação no ambiente doméstico. Diante de uma pandemia que tem matado neste ano, em média 1.420 pessoas por dia, e mais perigosa que uma simples gripe, expor verdadeiras atletas que valem milhões a riscos não seria também uma boa saída.
“Os atletas olímpicos passam por dificuldades bem diferentes. Os nadadores, por exemplo, ficam praticamente impossibilitados de fazer a parte mais importante do treino: nadar. Afinal, quantos deles possuem uma piscina dentro de casa? Etiene Medeiros, recordista mundial dos 50 metros costas em piscina curta, é enfática: a temporada já está perdida, não há o que fazer. E os judocas: como manter o ritmo de luta treinando sozinhos? Nesses casos, é possível prever que, quando o isolamento acabar, eles vão precisar de um bom tempo para voltar ao alto nível. E muitos deles ainda precisam passar por eventos qualificatórios, para só depois pensar na olimpíada propriamente dita”, destaca ainda a mesma publicação do blog da Betway.
Nos campeonatos nacionais europeus, muito suspense sobre o final, se os líderes já podem ser declarados campeões, como foi decidido na Bélgica, beneficiando o Club Brugge. Na Premier League, se isso ocorresse, não seria de toda uma injustiça, já que o Liverpool estava na frente com larga vantagem do segundo colocado: 25 pontos. Uma aposta menos entediante que essa, dizia respeito a Série A-TIM, na Itália, onde expectativa girava antes da covid-19 em torno da confirmação do nono título seguido da Juventus, ou, alguma surpresa de algum clube quebrar essa hegemonia.
E a Champions League? Já na fase eliminatória como fazer, depois das graves suspeitas de transmissão do novo coronavírus no jogo entre Atalanta e Valência? Por enquanto, treinam mais que os outros, usando distanciamentos entre atletas, os times da Bunbdesliga. Seria uma vantagem competitiva? O tempo dirá.
(Texto: Danilo Galvão)