O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim não compareceu à sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o incêndio no Ninho do Urubu, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na tragédia, que faz um ano neste sábado (8), 10 adolescentes das categorias de base do clube morreram e outros três ficaram feridos.
De acordo com informações do Correio do Povo, o presidente da CPI, deputado Alexandre Knoploch (PSL), determinou que, se ele ou o vice-presidente jurídico do clube, Rodrigo Dunshee, não comparecerem, Landim será trazido sob força policial.
“Se eles não estiverem aqui no primeiro horário, às 11h da próxima sexta-feira [14], aí uma viatura da Polícia Civil irá buscá-los para poder prestar aqui os esclarecimentos devidos. Estamos respeitando entendimento do STF [Supremo Tribunal Federal], de que só poderia haver condução coercitiva em uma segunda chamada. Tivemos um entendimento com o Flamengo [de] que eles virão espontaneamente – aqui não é um tribunal de inquisição”, disse Knoploch.
A deputada Renata Souza (PSOL), integrante da CPI e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, mostrou-se decepcionada com a atitude do Flamengo, por não enviar seu presidente à comissão. “O Flamengo está sendo negligente nesta questão. Recebi com muita preocupação a ausência dos dirigentes na CPI, diante da necessidade de um debate público. Muitas das famílias não moram no Rio de Janeiro. É uma oportunidade para o clube dar um respaldo minimamente transparente às suas ações com relação à reparação a essas famílias”, disse Renata.
(Texto: Jéssica Vitória com informações do Correio do Povo)