Pela terceira vez em seis edições, a Fórmula E tem um campeão que fala português. Só que a bandeira em destaque, agora, é a rubro-verde. Faltando duas rodadas para o término da temporada 2019/2020 do Mundial de veículos elétricos, o luso Antônio Félix da Costa assegurou o título na segunda das três rodadas duplas de corridas que decidem o campeonato em Berlim, na Alemanha. Ele chegou em quarto lugar na corrida de sábado (8), e em segundo na competição de domingo (9).
As provas disputadas no Aeroporto de Tempelhof foram vencidas sábado e domingo, respectivamente, pelo alemão Max Gunther, da BMW, e pelo francês Jean-Eric Vergne, da Techeetah, a mesma equipe de Félix da Costa. O resultado do francês, campeão nas duas últimas temporadas, garantiu à escuderia chinesa o título do Mundial de Construtores, também por antecipação, pelo segundo ano seguido.
“É difícil assimilar, não só por esse momento, mas, pelos momentos difíceis que tive no caminho, que quase me fizeram desistir. Muita gente duvidou. Quero agradecer aos meus pais e irmãos… É uma lista que não acaba, sou de fato muito sortudo”, declarou o campeão, lembrando de quando foi preterido pelo russo Daniil Kvyat na Red Bull, em 2013, quando esteve perto da Fórmula 1.
Aos 28 anos, o português é o quinto campeão da categoria. Antes dele e de Vergne, já ficaram com o título o suíço Sebastian Buemi e os brasileiros Nelsinho Piquet – atualmente ausente na categoria – e Lucas Di Grassi. Este último ainda briga pelo vice-campeonato da atual temporada. Ele concluiu as corridas em oitavo e sexto lugar, respectivamente, e caiu para quarto na tabela, com 69 pontos, empatado com Gunther e a 11 pontos de Vergne, atualmente o segundo na classificação geral.
“Em uma categoria competitiva como a Fórmula E, quando você larga em 12º, não pode esperar muito mais do que fizemos aqui. Poderia ser melhor, sim, mas foi o que era possível no momento”, disse Di Grassi, em comunicado à imprensa. “Teremos mais uma rodada dupla para encerrar a temporada 2020, na próxima quarta (12) e quinta-feira (13). Novamente, a Techeetah será o time a ser batido. Mas a nossa equipe está determinada e vamos lutar até o final, como fizemos até aqui”, completou Di Grassi, piloto da Audi.
A última rodada dupla marcou, também, o primeiro ponto de Felipe Massa desde a etapa de Santiago, no Chile, em janeiro. O piloto da Venturi acabou a corrida de domingo em 10º lugar, chegando a dois pontos no geral, mantendo-se em 19º na classificação. No sábado, ele foi o 19º. Já o estreante Sérgio Sette Câmara, contratado pela Dragon para as seis provas finais da temporada na Alemanha, concluiu a etapa de domingo na 21ª posição, pois não chegou a finalizar a corrida de sábado. O mineiro ainda não pontuou.
A maratona em Berlim, com seis etapas em um intervalo de nove dias, foi a saída encontrada pela Fórmula E para concluir a temporada, que havia sido interrompida em março, após quatro corridas, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). A competição é disputada com portões fechados e, segundo a categoria, “rigorosas medidas de segurança”.
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(Texto: Agência Brasil)