Sem um ministério para defender seus interesses, o esporte perde força no governo Jair Bolsonaro (PSL). Na proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020 enviada ao Congresso Nacional, o presidente propõe que o investimento no esporte seja de R$ 220 milhões, praticamente metade dos R$ 431 milhões que propôs Michel Temer (MDB) na LOA 2019.
Na comparação com último ciclo olímpico, o corte de investimentos é ainda maior. Excluindo os gastos relativos ao legado olímpico, a redução do investimento na comparação com 2016 é de 74%, ainda sem levar em consideração a correção monetária.
Incluindo o custo de gerir o legado olímpico, o orçamento previsto para o Esporte em 2020 é de R$ 220 milhões. Esse valor era de R$ 431 milhões no projeto de lei de 2019 e de R$ 722 milhões em 2017, primeiro ano depois do fim do investimento maciço voltado à Olimpíada do Rio.
Isso significa que a União pode deixar de ser o principal apoiador do esporte no país, sendo ultrapassado pelo COB, que prevê investir R$ 195 milhões este ano e tende a ampliar esse número em 2020, ano olímpico. (Uol)