A conquista de um dos títulos mais importantes na história dos 72 anos de vida do Operário completa hoje 38 anos. O título veio na decisão contra os coreanos, que “dividiram” a conquista com os campo-grandenses. O time do Galo chegou a decisão depois de passar por chamados ‘grandes’ como PSV da Holanda e o Bayer Leverkusen da Alemanha.
Para o ex-zagueiro Amarildo de Carvalho, que jogou na competição aos 18 anos, esse título é comparado ao “Mundial Interclubes”. Para ele, é que a CBD (Confederação Brasileira de Desportos), da época, não registrou a competição. Só que na verdade, a competição foi apenas torneios que a Coreia do Sul realizou entre o período de 1971 a 1993 para divulgar o futebol na região, já que por lá o esporte popular sempre foi o beisebol. Depois o torneio se tornou Copa da Coreia.
O técnico Carlos Castilho levou na época um elenco formado por jogadores experientes e os revelados pelo clube como Amarildo, Cocada e Dito, esse dois últimos irmãos que hoje também moram em Campo Grande. O Operário foi convidado pela CBD para representar o Brasil. A President’s Cup de 1982 contou com dez clubes: Operário (Brasil), PSV (Holanda), Garuda (Indonésia), Hallellujah (Coreia do Sul), Bayern Leverkusen (Alemanha) e as seleções da Índia, Bahrein, Tailândia, Malásia, além dos donos da casa.
Para chegar à final, o alvinegro campo-grandense enfrentou na fase de grupos as seleções da Malásia e da Tailândia, o Hallelujah o Bayer Leverkusen da Alemanha e o PSV da Holanda. Avançou à semifinal com três vitórias e um empate. Na semifinal, deixou para trás o poderoso PSV (Holanda) ao vencer por 4 a 3. E na final sem gols contra a seleção anfitriã, o Galo garantiu a conquista do título mais expressivo da história do clube. A taça foi dividida entre o Operário e a Seleção da Coreia do Sul.
Sobre o período do Operário na Coreia do Sul, o zagueiro Amarildo de Carvalho falou neste Papo de Esportes e revela o dia em que Carlos Castilho descobriu que estava com um tumor na cabeça.
(Texto: João Fernandes com EsporteMS)