MP pede suspensão de concessão do Pacaembu

O MP-SP (Ministério Público de  São Paulo) pediu à Justiça a suspensão do contrato de concessão do complexo do Pacaembu,  na capital paulista, à iniciativa privada. No documento, assinado pelo promotor Carlos Henrique Prestes Camargo, o órgão se apoia em um parecer técnico para se opor à demolição  de uma das arquibancadas, o tobogã, e à retirada de parte da vegetação no entorno, o que é previsto  pelo consórcio que venceu o processo de licitação.

Na petição, o MP-SP solicita “concessão  de tutela provisória de urgência” para pedir  “a suspensão do contrato firmado”. Até o julgamento final do mérito da ação, o órgão pede ainda a proibição de “demolição  ou qualquer intervenção no ‘tobogã’, bem como “qualquer atividade tendente a suprimir ou reduzir o maciço arbóreo subjacente”.

No projeto  do consórcio Patrimônio SP, formado pelas empresas Progen e Savona, que venceu a concessão do Pacaembu com a abertura dos envelopes em fevereiro de 2019, está prevista a demolição do tobogã para a criação de um prédio de escritórios de nove andares (cinco acima do solo e quatro no subsolo). Para o  MP, porém, o tobogã está protegido pelo tombamento histórico do Pacaembu.

O entendimento do consórcio que administrará o Pacaembu pelos próximos 35 anos é  diferente: por não fazer parte do projeto arquitetônico  inicial do estádio, o tobogã não é tombado.Em setembro, o Patrimônio SP previu que o estádio ficará fechado por cerca de dois anos para  que todas as reformas – incluída a demolição do tobogã – sejam realizadas. A iniciativa privada assume o controle operacional do Pacaembu em 25 de janeiro.

(FolhaPress)

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