Mesmo com a crise, clubes garantem presença na Série D

A pandemia do novo coronavírus, que vem afetando o esporte de maneira avassaladora. Apesar do momento difícil, a maioria das equipes são a favor da Série D do Campeonato Brasileiro, a quarta divisão nacional, mas exigem uma definição rápida por parte da CBF para saberem o que vão precisar para armar um time em condições diante da atual situação financeira causada pela Covid-19.

No meio de tantas incertezas, a semana ficou agitada por conta da desistência do São Caetano, ocorrida na quarta-feira. No dia seguinte, a CBF não aceitou que o EC São Bernardo ocupasse a vaga deixada pelo rival. A alegação é de que o clube do ABC paulista infringiu o regulamento em seu artigo 34, que exige que a desistência seja oficializada até 50 dias antes do início da competição. A data inicial seria 13 de março, o que, em tese, mudou com a pandemia.

Anteriormente, o Patrocinense manifestou estar com a saúde financeira debilitada e também ficará de fora da Série D. Como a desistência foi oficializada dentro do prazo previsto pelo regulamento, a Federação Mineira de Futebol (FMF) pode indicar o Villa Nova, de Nova Lima (MG), como substituto.

A CBF, responsável por organizar todos as divisões do Campeonato Brasileiro, em 6 de abril prometeu uma ajuda de R$ 120 mil a todos os participantes da Série D para cobrir prejuízos em seus Estaduais, além de bancar outras despesas de logística – transporte, hospedagem, alimentação e arbitragem. Contudo, não confirmou se esse dinheiro já foi repassado aos clubes.

Mas parece que nem estes benefícios parecem satisfazer boa parte dos participantes. Sem dinheiro, diversas equipes – de Norte a Sul – não conseguem bater o martelo e cravar que irão participar da Série D em um ano de crise, no qual nem os Estaduais chegaram ao final.

No Paraná, o Toledo confirmou que já recebeu o dinheiro da CBF. “Devido ao momento que estamos passando, estão havendo perguntas sobre a participação do TEC na Série D. Primeiro precisamos aguardar a definição da CBF: quanto ao calendário, se vai manter a fórmula, se vai ser de portão fechado ou não… São definições que vão impactar diretamente na decisão. Hoje o Toledo disputa a Série D, no mínimo com sua base. Vamos aguardar as definições”, revelou o presidente Carlos Dulaba.

FALTA DE DATAS
A falta de datas para início e término da competição, aliás, é apontada como um dos fatores que prejudicam o planejamento. Em princípio, a Série D começaria em 2 ou 3 de maio, com a fase preliminar, e conheceria o seu campeão em 22 de novembro. “Estamos aguardando um posicionamento da CBF quanto às datas e para ver se o regulamento continua o mesmo. Se haverá a fase preliminar ou se os clubes já vão entrar direto nos grupos ou se voltará o formato do ano anterior”, contou o presidente do Baré-RR, Oziel Neto.

(Texto: Inez Nazira com informações do IstoÉ)

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