Com 15 anos de Real Madrid, a trajetória vitoriosa de Marcelo chegou ao fim no clube merengue. Aos 34 anos, o lateral se despediu de forma oficial do clube espanhol, na manhã de hoje (13) em um evento oficial realizado no Santiago Bernabéu, junto com o presidente Florentino Pérez.
Emocionado, o brasileiro concedeu a última coletiva e posou para fotos ao lado dos 25 troféus conquistados, mas descartou aposentadoria no futebol- “Hoje é o dia mais feliz desde que cheguei ao Real. Porque estou saindo e percebo que deixei um legado. Meus companheiros não me veem como Marcelo que faz pouco, mas como uma grande pessoa. Não penso muito no futuro. O mais difícil é dizer adeus. Vestir esta camisa é a coisa mais linda. O futuro não me assusta porque a história já está escrita, disse Marcelo em sua despedida.
O presidente do Real Madrid, Florentino Perez tentou demonstrar carinho pelo atleta ao longo do evento, afirmando que o brasileiro chegou ao clube espanhol com 18 anos, vindo do Fluminense e no Real Madrid se transformou em um homem de confiança no elenco madrilenho.
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Foto: Divulgação/Real Madrid
“Caro Marcelo, você realizou todos os sonhos. Ganhou absolutamente tudo, um total de 25 títulos. É sem dúvidas um dos melhores defensores da história do futebol mundial. O Real Madrid é e sempre será a sua casa. Você tem que estar muito orgulhoso de tudo que conquistou no melhor clube do mundo – afirmou o mandatário.
Marcelo se mostrou emocionado na cerimônia de despedida. Ao iniciar seu pronunciamento, caiu em lágrimas, e depois fez agradecimentos a funcionários, familiares, companheiros e ex-companheiros, como o atacante Raul.
Segundo o Globoesporte.com, o lateral brasileiro preferiu fugir de comparações com o compatriota e ex-lateral Roberto Carlos, outra lenda do Real Madrid e de quem acabou sendo o substituto após a sua aposentadoria. Marcelo ainda declarou “que não há outro jogador como Roberto Carlos no mundo da bola” e afirmou que seu compatriota é o melhor da história e ainda falou que teve sorte no Real Madrid por não ter sofrido lesões. Além disso, também comentou que reagiu bem quando perdeu espaço na equipe principal e passou a ser importante fora das quatro linhas, auxiliando os jovens.
– Eu falei com os treinadores e disse que queria jogar, mas eles é que decidem. Eu pude falar com eles, sentia que podia jogar mais, mas cada um tem sua filosofia. Nesta temporada eu entendi outra coisa, que o protagonismo não está em campo, mas em todos. Fui egoísta falando com Zidane e Ancelotti, mas entendi que poderia ajudar de outras maneiras. Mas claro que queria jogar me incomodava, porque no dia que isso não acontecer, me aposento, disse o brasileiro.