Jogadores e técnicos que integram o futebol brasileiro têm se manifestado e realizado declarações que cobram medidas para proteção do novo coronavírus (Covid-19). A Comissão Brasileira de Futebol (CBF) suspendeu competições nacionais, porém algumas federações estaduais decidiram manter as partidas do fim de semana.
Devido à decisão de não cancelar os jogos, alguns jogadores entraram em campo usando máscaras ou cobrindo o rosto como as mãos em sinal de protesto. Dentre os técnicos, Renato Gaúcho foi o que se posicionou de maneira mais incisiva. O comandante do Grêmio ameaçou iniciar uma greve casos os campeonatos sejam mantidos.
“Não estamos imunes, e não adianta fechar os portões. Será que vamos precisar fazer greve?”, questionou, após vitória sobre o São Luiz, ontem (15), pelo Campeonato Gaúcho. O time gremista entrou em campo usando máscaras.
Técnico do São Paulo, Fernando Diniz disse que se trata de uma questão de saúde pública ao comentar a possibilidade de suspensão do Campeonato Paulista.
“O número de casos tende a piorar, aumentar, proliferar, então até por uma questão de saúde pública, talvez pare”, disse o treinador, após a vitória sobre o Santos, em clássico que aconteceu com portões fechados no Morumbi.
O caso que mais chamou atenção aconteceu no Rio de Janeiro. O Flamengo entrou em campo contra a Portuguesa sem saber se algum jogador estava infectado pelo coronavírus. O vice-presidente Maurício Gomes de Mattos contraiu a doença e teve contato com a delegação no voo de volta da Colômbia após partida pela Libertadores. O elenco foi submetido a testes, mas o resultado ainda não foi divulgado.
“Não é só nos outros países, é um vírus que está por todos os lados. Os jogadores não são super-homens. A próxima rodada do Carioca não pode acontecer, nós estamos no risco”, defendeu o técnico Jorge Jesus. Botafogo, Vasco e Fluminense seguiram o exemplo do Grêmio e entraram em campo com sinais de protesto.
O Glorioso e o Cruzmaltino usaram máscaras, e o elenco do tricolor carioca cobriu o rosto com as mãos na hora da execução do hino nacional.
(Texto: Jéssica Vitória com informações da Uol)