O vice-presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio-2020, Toshiaki Endo afirmou nesta sexta-feira (05) que até março de 2021 não será possível saber com certeza se haverá Olimpíada ou se o evento no Japão terá que ser cancelado devido à evolução da pandemia do novo coronavírus.
Os Jogos de Tóquio-2020 deveriam começar no próximo dia 24 de julho, mas a competição foi adiada para 2021, entre 23 de julho e 8 de agosto, devido ao surto global da covid-19, que impediu a preparação e a participação dos atletas nos torneios de classificação.
“Ainda não está claro como será a situação do novo coronavírus no próximo verão (no hemisfério norte). É muito cedo para analisar se haverá Jogos Olímpicos ou não”, disse Toshiaki Endo, que falava em uma reunião do Partido Democrata Liberal.
Há também quem defenda que será muito difícil os Jogos Olímpicos acontecerem no próximo ano se não houver uma vacina contra o novo coronavírus, por medo de que a concentração de torcedores de muitos países possa contribuir para a propagação do vírus. “Uma outra questão importante está relacionada com a forma como decorrerão as qualificações olímpicas. Perante isto, uma decisão deverá ser tomada tendo em conta todos estes aspectos”, afirmou Endo.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) não estabeleceu um prazo para determinar o cancelamento dos Jogos se a propagação da pandemia continuar ou se não houver medicamentos ou vacinas confiáveis para acabar com o novo coronavírus.
O responsável pela comissão de coordenação do COI, o australiano John Coates, disse aos órgãos de comunicação social de seu país que outubro deste ano será um “período crítico” para avaliar se os Jogos Olímpicos poderão ser disputados.
O que as autoridades olímpicas já deixaram claro, dentro e fora do Japão, é que não haverá possibilidade de um adiamento adicional à data prevista e se os Jogos não começarem em 23 de julho de 2021 serão definitivamente cancelados.
Enquanto isso, o Comitê Organizador concentra esforços na “simplificação” dos Jogos de Tóquio-2020 para evitar riscos adicionais e que incluem a alteração do formato das cerimônias de abertura e encerramento. A questão foi discutida nesta semana pela governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e pelo presidente do Comitê Organizador, Yoshiro Mori.
“Agilizar e simplificar os preparativos para a competição exige consideração das partes interessadas”, afirmou Yuriko Koike, sem dar mais detalhes e pedindo apenas o “entendimento” do público a esse respeito.
(Notícias ao Minuto)