Foram 324 dias de uma relação que começou com o calor de uma nova paixão, mas que chega ao fim sem deixar saudade para nenhuma das partes. Ao decidir encerrar seu casamento com o Botafogo, Honda apenas concretiza um movimento que já vinha sendo ensaiado pelo japonês.
Absolutamente incomodado com as idas e vindas em General Severiano, o japonês teve muita dificuldade para lidar com a ciranda de técnicos e a instabilidade no clube.
Após o Botafogo demitir Ramon Díaz (que sequer havia estreado), o meia quase exerceu a cláusula contratual que permite sua saída a qualquer hora. Demovido da ideia, abriu uma guerra com os dirigentes que se irritaram com as manifestações públicas de incômodo do jogador, que já havia criticado a gestão.
Com o time em situação delicada no Brasileiro, Honda não conseguiu dar uma contribuição à altura e os alvinegros se deram conta que o outrora badalado reforço não seria o suficiente para liderar a equipe rumo à salvação.
Apesar de ter influenciado positivamente os jovens do elenco, Honda, de estilo retraído, não foi o líder que se esperava no campo e fora dele. À medida que as derrotas se acumulavam, o desgaste aumentava a distância entre clube e jogador, que decidiu dar novos rumos à carreira.
Com o rompimento iminente, Honda deixa o Botafogo sem dar o retorno esperado em campo e fora dele. Como estreou apenas no dia 15 de março, o asiático não atuou com a torcida ao seu lado, o que dificultou as ações de marketing previstas antes de sua chegada e o incremento de bilheteria que o Bota imaginou com ele e Kalou em campo.
Embora o rompimento seja mais uma notícia complicada em meio ao caos alvinegro, a saída não é tão lamentada e vai aliviar os combalidos cofres do Botafogo, cada vez mais ameaçado de rebaixamento. Após 27 jogos e apenas três gols, Honda prepara um adeus sem cumprir as expectativas criadas de um relacionamento feliz.
(Com informações: Uol Esportes)