Com as atividades estaduais paralisadas desde março em virtude no novo coronavírus, a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), em contato com as federações estaduais da modalidade, aderiu orientações à distância para jovens ginastas de todo o país. Segundo Elaine Nagano, presidente da FGMS (Federação de Ginástica de Mato Grosso do Sul), o projeto já tem duração de pelo menos 45 dias e hoje conta em média com 50 crianças.
A CBG idealizou este programa virtual para as crianças do projeto. Criamos um grupo em uma rede social, contatamos todos os pais, identificamos quem teria condições de realizar as atividades, visto que as crianças necessitam de internet e acesso a plataforma na qual acontecem as aulas, além de um celular ou computador para participarem, pontuou a Elaine, também coordenadora do Cefat (Centro de Formação de Atletas).
Com idade entre 5 e 10 anos, os jovens são atendidos remotamente por um professor da CBG semanalmente, às segundas, quartas e sextas-feiras entre 13h e 14h. Segundo a diretora, as crianças recebem o link de acesso a plataforma minutos antes das aulas, e quando conectadas, são identificadas com a sigla do estado em que estão dispostas.
A diretora reforça que semanalmente, as federações encaminham relatórios junto à Confederação, e que os coordenadores estaduais recebem capacitações e debatem novos temas após o término das aulas.
Como o projeto atende apenas crianças com idade entre 5 e 10 anos, os ginastas que não fazem parte deste quadro ficaram desassistidos pelo programa, pontua Elaine. O fato fez com que os profissionais da Funesp (Fundação Municipal de Esportes) passassem a atender este outro grupo de atletas às terças e quintas-feiras, entre 13h e 13h30, com um rodízio de profissionais, responsáveis por outras 80 crianças.
A parceria entre Funesp e FGMS existe há 30 anos de forma ininterrupta. A Confederação Brasileira encaminhou para Mato Grosso do Sul cerca de 1 milhão de reais em equipamentos em 2018, e hoje contamos com cerca de 400 crianças no projeto, com categorias entre iniciante e adulto, salienta Elaine, que atua há 35 anos na área.
(Texto:Alison Silva)