Esta terça-feira (12) completa uma semana que Jonas Andrade da Silva deixou Novo Hamburgo, viajou 1400 km e chegou a Campo Grande com mais três amigos. E, um estoque de Flamengo. Sua torcida é aproveitar a boa fase do Rubro-Negro que está perto de conquistar o Brasileiro 2019 e joga a final da Libertadores daqui a 11 dias.
O gaúcho de 28 anos fixou-se em pontos “estratégicos” pelas ruas de Campo Grande para comercializar desde camisetas, bandeiras, e o conhecido “cavalinho” flamenguista bicho de pelúcia inspirado nos mascotes utilizados no programa Fantástico, da TV Globo, para ilustrar a corrida dos times na classificação do Campeonato Brasileiro.
As vendas parecem ir bem. Não importa se o torcedor seja criança, mulher, ou homem. “Está parelha (a procura)”, comentou Jonas, à reportagem de O Estado MS, na manhã de sábado (9).
Cauteloso, ao ser perguntado qual é a média dos preços das peças que deixam expostas no varal armado na “rotatória da Coca Cola” – como é conhecida a intersecção entre as avenidas Interlagos e Costa e Silva ” fala apenas que os valores são negociáveis”. Interessados terão de pôr em campo a arte da negociação.
Ironicamente, um de seus pontos de venda está a menos de um quilômetro do estádio Morenão, principal palco do futebol de Mato Grosso do Sul, hoje proibido de receber jogos oficiais e frequentado em sua maioria por clubes que almejam jogar a Série D do Brasileiro.
Vendedor espera estouro de vendas dias antes da final da Libertadores
Jonas aposta que o boom das vendas prosseguirá por todo o mês. E, a série de 19 jogos sem derrota no Brasileirão do time treinado por Jorge Jesus é a melhor propaganda. “Sim, a venda melhora muito e o Flamengo com certeza vai ser campeão Brasileiro e da Libertadores”, acrescenta.
Depois de insistir mais um pouco, dá uma estimativa de quantidade. “Nós vendemos mais de 25 peças por dia. O estouro mesmo vai ser lá na semana do jogo. Daí, o cara vende 40 peças, 50”, torce o vendedor. A semana em questão é a próxima, que antecede o duelo entre o time brasileiro contra o argentino River Plate, dia 23 (sábado), em Lima, no Peru.
Jonas diz que também vende abacaxis. Certamente, vir para a capital sul-mato-grossense parece não ter sido um. Admite a saudade da família que ficou no sul do país. Mas, se depender dos negócios, a expectativa é esticar um pouco mais a estadia em Campo Grande. “Vim de carro, vou fica ate o Mundial”, acrescenta o autodeclarado super otimista ao citar o torneio intercontinental, cuja final está marcada para o dia 21 de dezembro, no Qatar. E que só terá a presença do Rubro-Negro, se Gabigol e companhia ganharem dois jogos. O primeiro e o principal é a decisão da Libertadores.
“Agora sou flamenguista”, brinca o gremista.
(Texto: Luciano Shakihama)