Quando os pilotos passaram a fazer parte das reuniões em que a Fórmula 1 discute seu novo regulamento, um dos três pilares que eles pediram que fossem revistos era o peso dos carros. Os engenheiros, inclusive, concordam que este é um problema nos carros atuais, pois acaba forçando os pneus e inibindo as disputas.
Mas não vai ter jeito: os carros de 2021 serão os mais pesados da história e podem até passar pela primeira vez a barreira dos 900kg quando estiverem prontos para largar no GP da Austrália.
Isso será o subproduto de duas mudanças questionadas pelos próprios engenheiros, a começar pela adoção de pneus de 18 polegadas, bem mais pesados que os atuais. Trata-se de uma mudança que visa deixar o visual do carro mais agressivo, sem qualquer motivação técnica, e que vai adicionar pelo menos 8kg no peso total do carro. “Foi uma decisão tomada há muito tempo. Se você souber dizer de onde veio essa ideia, por favor me diga”, brinca o chefe de corridas da Pirelli, que fornece os pneus para a F-1.
Outra questão é a proposta de aumentar a quantidade de peças padronizadas a fim de diminuir os custos da categoria. Menos desenvolvidas, estas peças são mais pesadas. De 2010 para cá, os carros ganharam 100kg, seguindo uma tendência que começou há 25 anos por questões de segurança.
Mesmo pesados, os carros atuais são os mais velozes da história e estão constantemente batendo recordes de tempo de volta – alguns deles, inclusive, que duravam desde 2004, quando o peso mínimo era de 600kg. Hoje, os carros pesam, no mínimo, 740kg e chegam a 850kg no início das corridas, quando estão com o tanque cheio. (Uol)