Técnico faz balanço positivo após eliminação da quarta divisão, e diz que prioridade é o Estadual
O técnico do Aquidauanense, Mauro Marino, disse que até esta terça-feira (15) uma reunião com a diretoria define o planejamento da equipe para o Campeonato Sul Mato-Grossense. Eliminado domingo, na fase preliminar da Série D, após nova derrota por 3 a 1 diante do Real NoroesteES, a previsão é a de que os treinos recomecem na segunda quinzena de outubro. O jogo de ida válido pelas quartas de final do Estadual diante do Corumbaense está previsto para o fim de novembro.
Por telefone, na manhã de ontem, Marino confirmou a intenção do clube em ter de volta o elenco que disputou a primeira fase do Sul-Mato-Grossense, paralisado em março em razão da pandemia causada pela COVID-19. “O objetivo é que os jogadores que estavam na fase classificatória retornem, por causa do entrosamento, eles já tem o entendimento do meu jogo”, fala o treinador do Azulão.
“Vamos sentar até amanhã [terça-feira], para a gente começar a focar no planejamento, nas conversas, iniciar com os jogadores, todos tiveram interesse em negociar”, diz o técnico. O objetivo é fechar os
contratos o mais rápido possível para “não ficar refém de empresários”. Com o elenco definido, Marino espera ter pelo menos 30 dias de preparação até o duelo com o Carijó. Desse modo, argumenta, se aproximardo nível do Águia Negra.
Atual campeão local, a equipe de Rio Brilhante joga a fase de grupos da quarta divisão nacional a partir de sábado (19), quando vai a Mato Grosso, onde enfrenta o União Rondonópolis. “Eles terão 14
partidas para ajustar o time”, comenta Marino, ao afirmar que o rubro-negro rio-brilhantense é o favorito para o ganhar o Estadual.”
Time sub-20 na D, valeu a pena?
Questionado se o Aquidauanense tivesse usado diante do Real Noroeste o elenco que jogou o Estadual até a paralisação, Marino afirma que as chances de classificação seriam maiores. “É uma diferença enorme, um time cascudo, tem entendimento de jogo”, analisou.
O Azulão tornou-se o clube com menos partidas na história de uma edição da Série D. Nas duas partidas utilizou um grupo formado por jogadores sub-20. Destes, 16 eram do ABC de Campo Grande, e dez de Aquidauana.
Segundo ele, a decisão foi tomada pela diretoria, motivada pela pandemia e de olho na contenção de despesas. A prioridade é o Estadual, em que chegar à final significa vaga na Copa do Brasil, em que existe premiação por participação. Este ano, a equipe de Aquidauana embolsou R$ 540 mil ao jogar a primeira fase – foi eliminada pelo ABC-RN depois de perder por 1 a 0, em casa.
“[Os clubes] procuram as [competições] que têm mais retorno e o Aquidauanense não é diferente. A vaga na Copa do brasil dá retorno financeiro”, argumenta. A Série D, mesmo com a CBF a bancar despesas com transporte e hospedagem, não compensa financeiramente na visão dos dirigentes.
(Texto: Luciano Shakihama)