Flamengo descarta favoritismo do Liverpool na decisão

As coincidências em torno da final do Mundial de Clubes de 2019 seguem a todo vapor. Não bastasse o Flamengo ter pela frente o Liverpool, mesmo rival de 1981, a equipe rubro-negra jogará de branco na tarde de hoje (21), assim como ocorreu em Tóquio.

Como o Fla é o “time B”, os ingleses serão os mandantes da partida deste sábado (21), 13h30 (de MS), no Estádio Khalifa, em Doha. Assim, jogarão com seu uniforme vermelho, o número 1, e caberá ao Fla o reserva. A coincidência traz boas lembranças para os rubro-negros, que viram Zico e companhia vencerem o time inglês vestidos com essa versão da camisa há 38 anos.

O Flamengo realizou o último treinamento de 2019 ontem (20), no palco da decisão, no Catar. Os ajustes finais para o duelo contra o Liverpool já foram realizados.

“A comparação que podemos ter [do Liverpool] com o Flamengo é que o Flamengo vem de uma temporada de títulos. Os dois clubes estão recuperando o prestígio internacional. Como o Bruno Henrique diz, são duas equipes que estão em outro patamar”, disse o treinador Jorge Jesus.

Everton Ribeiro acredita que será um grande jogo digno de uma final mundial. Para o atleta, não há favorito. “São duas grandes equipes. Respeitamos o Liverpool, sabemos dos grandes jogadores, mas temos a nossa responsabilidade. O Flamengo é uma instituição de muita história. Faremos o melhor para levar a taça para o Brasil”, destaca.

Jorge Jesus defende Jürgen Klopp, que prioriza o título inglês

Contratado no início de junho, em seis meses Jesus comandou o Flamengo nas conquistas do Brasileiro e da Libertadores, este último um torneio que o clube não conquistava desde 1981.

A prioridade do presidente Rodolfo Landim, declarada antes do embarque da deleação para Doha, era garantir a permanência de Jesus por um prazo mais longo. Nos passeios pelo centro da cidade durante o Mundial, acompanhado pela família, ele tem sido questionado sobre as situações do treinador e de Gabriel, que está emprestado pela Internazionale (ITA) até 31 de dezembro.

A sinalização dada pelo técnico é de que, se nenhuma dessas cinco equipes convidá–lo, ele ficaria no Flamengo para um projeto que, segundo o próprio, pode transformar o rubro-negro carioca em uma das maiores equipes do futebol mundial.

“É importante ganhar para que daqui a dois ou três anos a gente possa dizer que o Flamengo é um dos maiores clubes do mundo. Esse é meu maior objetivo”, completou.

Jesus pode ser o primeiro treinador português campeão mundial. Nos dois anos em que o Porto venceu, em 1987 e 2004, os elencos eram comandados, respectivamente, pelo croata Tomislav Ivic e pelo espanhol Victor Fernandez.

Questionado sobre a declaração dada por Jürgen Klopp horas antes, de que o Liverpool é mais cobrado pelas conquistas domésticas do que pela mundial, o flamenguista concordou com o colega, que chama de “inventor”, por ter criado um sistema 4-3-3 di-ferente dos demais. E disse que o posicionamento deveria servir de exemplo para os brasileiros.

“Se eu [fosse treinador do Liverpool e] pudesse escolher entre ganhar o campeonato nacional ou o campeonato mundial, escolheria o nacional. Eles não vencem há 29, 30 anos. Então, para eles, é mais importante. E isso serve para o Brasileiro. Vocês dão mais valor a uma tacinha qualquer que dá dinheiro do que ao Campeonato Brasileiro. O mais importante é ser campeão do seu país. O Campeonato Brasileiro é muito bonito. Não há nenhum campeonato com tanta paixão quanto o Brasileiro. Só não é divulgado”, concluiu. (Folhapress com site do Flamengo)

 

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