Professor de educação física dá dicas para manter o corpo em forma durante a quarentena
A pandemia do novo coronavírus está mudando o dia a dia de muitas pessoas. O isolamento social é uma medida adotada em todo mundo para evitar o contágio e diminuir a proliferação da doença, com isso a rotina nas academias, ou os exercícios físicos ao ar livre torna-se inevitável. Diante da necessidade de reclusão, muita gente pode encontrar dificuldade para se exercitar dentro de casa.
O professor do curso de educação física da Uniderp, Flávio Conche, alerta sobre a necessidade de estabelecer uma rotina de exercícios, transformando o período de confinamento em uma oportunidade para mudar hábitos alimentares.
“Se por um lado retornar ao sedentarismo pode ser uma condição natural para economizar energia, por outro, isso faz com que tenhamos mais dificuldades de combater qualquer problema de saúde. Nesse momento, onde nosso corpo tende a ficar parado, é muito mais difícil garantir que nosso sistema imunológico nos proteja ou que o nosso metabolismo possa criar um ritmo ideal de digestão, absorção e outras funcionalidades importantes ao organismo”, ressalta o profissional.
De acordo com o professor, pessoas ativas fisicamente têm menos chances de ficar doentes. “A endorfina, hormônio produzido pela hipófise antes e depois da atividade física, é um importante benefício, pois dá a sensação de bem-estar e ajuda a combater o mau humor, a depressão e a tristeza”, revela.
Vale lembrar que para quem não está acostumado, o período de confinamento não é o mais indicado para começar atividades pesadas. Nesse caso, atividades de alta intensidade podem ter resultado inverso e para fortalecer o sistema imunológico os exercícios precisam ser realizados de maneira moderada.
“As atividades de alto impacto ou que provoquem fadiga muscular, devem ser evitadas para quem não tem o hábito de se exercitar”, alerta Flávio. “Vale ressaltar que se você já realizava exercícios regulares, eles devem continuar com adaptações para serem realizados dentro de casa”, orienta
Nesse momento também vale acompanhar os perfis dos profissionais de saúde que estão postando atividades nas redes sociais que podem ser feitas em casa. Se a pessoa já está acostumada com uma rotina intensa de exercícios e está com sua saúde em dia vale praticar o Hiit, treino intenso e intervalado.
Atividades moderadas e de baixo impacto
Danças: coloque a sua música preferida e divirta-se enquanto movimenta o corpo.
Alongamento de perna e lombar: esse exercício deve ser adicionado à lista dos iniciantes. Para fazê-lo, deixe as costas retas e aproxime o joelho do corpo, abraçando-o contra si mesmo.
Agachamento no banco: o agachamento no banco é um ótimo exercício para fortalecer os membros inferiores e os glúteos. Para realizá-lo, mantenha as pernas na linha do quadril e os joelhos sempre na direção das pontas dos pés. Contraia o abdômen e desça bem devagar, levando o quadril para trás até se sentar no banco. Depois, levante rapidamente.
Agachamento isométrico: ótimo exercício para quem sente dores nos joelhos, além de fortalecer a musculatura dos membros inferiores.
Reto abdominal: esse é um exercício muito eficiente para iniciantes. Além disso, não tem restrições, já que ter um abdômen forte é importante para a postura e a coluna vertebral.
Prancha: além de simples, é uma excelente opção para fazer em casa. De início, cubra o chão para não se machucar. Então, apoie todo o peso do seu corpo nos antebraços, suba o quadril e apoie-se nas pontas dos pés. Não se esqueça de manter a cabeça e a lombar em suas curvaturas naturais.
Corrida: corra intensamente sem sair do lugar por cerca de 40 segundos. Depois, interrompa e respire por 30 segundos, Repita 10 vezes.
(Texto: Bruna Marques)