Aléxia Nascimento faz parte da delegação que compete a partir de hoje.
Principal judoca filiada por Mato Grosso do Sul na atualidade, Aléxia Nascimento faz parte da equipe de 13 atletas que representam o Brasil no Campeonato Mundial Júnior (Sub-21), a partir desta quarta-feira (6), em Olbia, Itália. Atual campeã pan-americana, título conquistado no mês de agosto, em Cali (COL), a campo-grandense buscará os primeiros lugares no peso até 48 kg.
A missão dos judocas não será das mais fáceis. Segundo a CBJ (Confederação Brasileira de Judô), por restrições de fronteira decorrentes da pandemia, as equipes nacionais enfrentaram dificuldades para viajar ao exterior e a alternativa encontrada foi promover treinamentos de campo para os judocas da classe Sub- 21.
O Campeonato Pan-Americano Júnior realizado em agosto, em Cali, foi a única competição internacional de que o Brasil conseguiu participar neste período e que serviu de parâmetro para definir os convocados para o Mundial. Foram selecionados os campeões continentais com idade acima de 18 anos.
“Chegaremos para esse Mundial numa condição totalmente diferente dos Mundiais anteriores. A Europa já tem um ritmo de competição avançado, pois já tiveram condições de fazer em torno de seis eventos júnior, além dos nacionais. Nós tivemos apenas o Pan-Americano e os treinamentos de campo nacionais. O Brasil também ficou impedido de entrar em alguns países no continente, o que dificultou muito o nosso planejamento”, explica Marcelo Theotônio, gerente das equipes de transição da CBJ que compreendem os judocas Sub-18 e Sub-21, ao site da confederação.
“Nesse cenário, o Mundial Júnior será encarado como uma ação de desenvolvimento, de oportunidade e, sobretudo, de preparação para os Jogos Pan-Americanos de Cali, que entendemos ser a competição mais importante do ano para essa classe”, acrescentou em alusão ao evento esportivo voltado para atletas até 22 anos, que acontecerá no fim de novembro e começo de dezembro.
Vale pontos para o ranking sênior
Na Itália, Aléxia está no Grupo A e folga na primeira rodada. A sul-mato-grossense estreia já na segunda rodada quando vai enfrentar a vencedora do combate entre as judocas da Rússia e da Venezuela. No total, são 26 atletas no peso até 48 kg. Além da campo-grandense, o país conta também com Rafaela Batista.
As disputas individuais vão até o sábado. No domingo (10), último dia de competição, todos os judocas voltam ao tatame para a competição por equipes mistas. Os horários ainda serão confirmados pela organização.
De acordo com o regulamento, o primeiro lugar ganha premiação de 2 mil dólares, ou aproximadamente R$ 11 mil, o segundo, 1,500 dólares, e o terceiro, 680 dólares. O treinador também recebe gratificação de 500, 300, e 170 dólares, respectivamente.
Segundo a CBJ, o Mundial Júnior contribuirá para o processo de transição dos juniores para o circuito adulto da Federação Internacional de Judô. O campeão mundial júnior ganha 700 pontos no ranking mundial sênior, mesma pontuação de uma etapa de Grand Prix. No ciclo para Tóquio, quem se beneficiou dessa estratégia foi Daniel Cargnin, campeão mundial júnior em 2017 e medalhista olímpico quatro anos depois. (Luciano Shakihama)